Goiás é 2º em resgate de pessoas em trabalho análogo à escravidão

escravidão

O trabalho análogo à escravidão continua ocorrendo em Goiás. O estado foi o segundo em resgate de pessoas nessa situação, de acordo com informações do Ministério do Trabalho e Emprego. Ao todo, 271 pessoas foram encontradas em situação degrante em áreas urbanas ou rurais em 2022. A maioria das vítimas são homens nordestinos com baixa instrução que atuam em fazendas de cana-de-açúcar.

 

No levantamento foi constatado que apenas três estados não apresentaram registros: Alagoas, Amazonas e Amapá. Em todo o País, 2.575 adultos e crianças foram encontrados sendo exploradas. O total ficou 31% acima do registrado no ano anterior e 127% superior ao contabilizado em fiscalizações referentes a 2019.

 

Ranking de resgate:

1º: Minas Gerais (1.070) 

2º: Goiás (271)

3º: Piauí (180) 

4º: Rio Grande do Sul (156)

5º: São Paulo (146)

 

Um projeto de lei foi aprovado em segunda votação pelos deputados estaduais para proibir pessoa jurídica que tenha sido condenada pela prática de trabalho análogo à escravidão de contratar com a administração pública estadual. O texto aguarda a sanção do governador Ronaldo Caiado. Somente em 2022, 500 trabalhadores foram resgatados em condição análoga à escravidão em todo o País pela Auditoria Fiscal do Trabalho. Do total, 84% se autodeclararam pretos ou pardos. 

 

Diferente, mas igual

 

O professor do IF Goiano, Luiz Eduardo Fleury, afirma que a condição de escravo muda conforme o momento histórico, mas o ato de escravizar ocorre desde sempre na história humana. Ele destaca que, assim como no passado, a escravidão moderna mantém o perfil de vítimas: pessoas de com situação financeira mais baixa predominantemente do campo e com pouca ou nenhuma escolaridade.

 

“Não se trata somente de um trabalho agressivo, braçal e sem remuneração. É uma reprodução infeliz de um sistema que perdurou no Brasil por 388 anos. As origens do que chamamos de escravidão é antecessora a era cristã, em até 4 mil anos antes de Cristo, em diversas regiões do mundo, como Egito Antigo e na sociedade hebraica”, destaca.

 

Perfil

Sexo: Homens (92%) e Mulheres (8%)

Cor:  Preto ou pardo (83%), brancos (15%), indígenas (2%)

Faixa etária: 30 e 39 anos (33%)

Origem: Residência no nordeste (50%) e nascidos na região (58% )

Escolaridade: até o 5º ano incompleto (23%), 6º ao 9º ano incompleto (20%), analfabetos (7%)

 

Quase 46 milhões de pessoas no mundo estão na condição de escravas e não conseguem sair dela por ameaça, violência, coerção ou abuso de poder, de acordo  com o Índice Global de Escravidão, da Fundação Walk Free, da Austrália. A maioria está ligada à indústria da pesca, drogas, exploração sexual e serviços em propriedades particulares.

 

Estratégia

Uma das estratégias para tentar coibir a prática é a divulgação de uma lista de empresas autuadas pelos Auditores-Fiscais do Trabalho por escravizar os funcionários. Em uma delas foram incluídas 52, sendo 7 apenas de Goiás nos municípios de Davinópolis, Vicentinópolis, Serranópolis, Rio Verde, Águas Lindas de Goiás, São Miguel do Araguaia e Joviânia. 

 

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Natal do Bem amplia acesso com nova entrada pela BR-153

O acesso via BR-153 é novidade na edição do Natal do Bem 2024, em Goiânia. Este ano, o evento conta com seis áreas de estacionamento, sendo duas próximo à rodovia federal. Ao todo, são 12 mil vagas rotativas e gratuitas disponíveis para os visitantes.

Para chegar ao Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON) pela BR-153, é necessário seguir pela marginal no primeiro ponto de acesso – próximo à Universidade Paulista (Unip), virar à direita na Rua Recife/Araxá, fazer o retorno, virar à direita na Alameda Barbacena e, por fim, virar à esquerda na Rua 106.

Para quem preferir outro percurso, pode fazer o trajeto pela GO-020, virar à direita na Avenida Doutor José Hermano e seguir até os pontos de estacionamentos próximos ao CCON. Há equipes técnicas em todos os locais para orientar os visitantes.

Em todos os acessos (vias BR-153 e GO-020), há também pontos de embarque e desembarque para usuários de transporte por aplicativos.

Para os usuários do transporte coletivo, o Natal do Bem conta, este ano, com duas linhas exclusivas e gratuitas: uma com ponto de embarque e desembarque no Deck Sul 1 do Flamboyant Shopping, e outra com ponto em frente ao Museu Zoroastro, na Praça Cívica.

As linhas funcionam de terça-feira a domingo, das 18 às 23 horas. A Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC) também opera duas linhas regulares que atendem o itinerário até o local do evento: a 990, com parada no Terminal Praça da Bíblia, e a 991, no Terminal Isidória.

O Natal do Bem é uma iniciativa do governo estadual, por meio do Goiás Social e Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), e conta com entrada, estacionamentos e mais de 300 atrações culturais gratuitas.

O complexo natalino possui mais de 30 mil metros quadrados, quase três milhões de pontos de luz e uma Árvore de Natal de 40 metros de altura. A expectativa é que 1,5 milhão de pessoas visitem o evento, que segue até 5 de janeiro, de terça-feira a domingo, das 18 às 23 horas.

O evento conta com os patrocínios da Saneago, Flamboyant Shopping, Flamboyant Urbanismo, O Boticário, Sicoob, Sistema OCB, Equatorial e Mobi Transporte.

Mapa dos acessos ao Natal do Bem:

 

 

 

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