Goiás é 8º em ranking nacional de acidentes de trabalho

Um levantamento inédito revela que Goiás ocupa a oitava colocação nacional de casos de acidente de trabalho. Ao todo, o estado concentrou 3% de todas as notificações no País com 16.879 registros em 2022. No topo do ranking está São Paulo com 204.157 ocorrências, ou seja, 35%. O número de óbitos segue em alta no Brasil desde 2016 com 2.538 mortes no ano passado, conforme aponta o  Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho do Ministério Público do Trabalho.

 

O perfil das vítimas no País é majoritariamente formado por homens entre 18 e 24 anos. As estatísticas são altas e preocupam as autoridades porque correspondem somente aos registros de ocorrências com trabalhadores em empregos formais e que contribuem com a Previdência Social. A quantidade de pessoas na informalidade alcançou recorde no ano passado com 39,307 milhões de brasileiros, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE).

Acidentes de Trabalho

Brasil: 612,9 mil notificações

 1º São Paulo (204.157), 2º Minas Gerais (63.815). 3º Rio Grande do Sul (50.491), 4º Santa Catarina (46.813), 5º Paraná (44.786), 6º Rio de Janeiro (38.363), 7º Bahia (17.264), 8º Goiás (16.879 )

Óbitos no Brasil: 2.538

 

Na prática, os trabalhadores que não contribuem com a Previdência Social por conta própria não têm direito ao benefício financeiro ao sofrer um acidente e apresentar sequelas definitivas que diminuam a sua capacidade para o trabalho. A indenização é concedida aos segurados somente após perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

 

Entre os grupos de agentes causadores de acidentes mais comuns estão máquinas e equipamentos (14%), agente químico (12%), queda do mesmo nível (12%), veículos de transporte (11%), agente biológico (11%), ferramentas manuais (8%) e motocicleta (8%). 

 

As lesões mais frequentes foram corte, laceração, ferida contusa, punctura (somando 20%), seguidas de fratura (18%). As partes do corpo mais frequentemente atingidas foram os dedos (24%). Os setores econômicos com mais registros foram atividades hospitalares, comércio varejista de mercadorias em geral, administração pública em geral, transporte rodoviário de carga e construção de edifícios. 

 

A prevenção ao acidente de trabalho envolve diversos atores da sociedade. O uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), por exemplo, deve ser providenciado pelas empresas e utilizado pelo trabalhador. A avaliação de riscos e monitoramento da saúde dos trabalhadores também fica sob responsabilidade das corporações. A precaução evita sequelas físicas e emocionais nos empregados e também afastamentos, processos trabalhistas.

(Fonte: MPT)

 

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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