Goiás e British Council oferecem curso de programação a professores da rede pública

Goiás e British Council oferecem curso de programação a professores da rede pública

Em parceria com o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), o British Council abriu inscrições para curso gratuito de competências computacionais e programação voltado para professores dos ensinos fundamental 2 (6º ao 9º ano) e médio da rede pública goiana. Podem participar docentes das três esferas do ensino público: municipal, estadual e federal. As inscrições serão feitas até 31 de março pelo link: abre.go.gov.br/codificagoias.

O curso, chamado de Codifica+, é um projeto pioneiro de desenvolvimento profissional contínuo focado em implementar o ensino de pensamento computacional e programação para professores, e que foi desenvolvido especificamente para a realidade educacional do Brasil. Dúvidas poderão ser tiradas durante live pelo canal no YouTube da Secti Goiás (@secti_go), às 19h, da próxima segunda-feira (18/03).

“Um dos nossos objetivos é aumentar a base de futuros cientistas e profissionais da área de tecnologia em Goiás. E alcançaremos isso com professores capacitados para ensinar as crianças e jovens goianos, incentivando que eles se envolvam o quanto antes com o mundo da programação e da robótica”, relata o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Goiás, José Frederico Lyra Netto.

Programação

O módulo básico, a ser implementado entre março e maio deste ano, de maneira remota, comporta uma matriz curricular que cruza o pensamento computacional com disciplinas tradicionais como matemática, história e português, enquanto o módulo avançado também incluirá mentoria e, posteriormente, capacitação do território para que a formação presencial ocorra em laboratórios da rede estadual de ensino profissionalizante de Goiás.

Nesta primeira etapa, serão abrangidas 24 cidades nas quais o governo estadual tem laboratórios de robótica com ensino voltado para crianças e adolescentes. São elas: Alto Paraíso de Goiás, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Aruanã, Caldas Novas, Catalão, Cavalcante, Cristalina, Goiânia, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Mambaí, Mineiros, Mozarlândia, Pirenópolis, Porangatu, Rio Verde, Santo Antônio do Descoberto, São Luís de Montes Belos, São Miguel do Araguaia, Trindade, Uruana e Valparaíso de Goiás.

Diana Daste, diretora de Engajamento Cultural do British Council para o Brasil, afirma que o lançamento do Codifica+ como um projeto específico para os desafios da educação brasileira busca empoderar professores, gestores públicos e organizações educacionais com o uso de conhecimentos computacionais e de programação, além da oferta de um ensino de qualidade. “O objetivo é preparar melhor os jovens estudantes para o futuro com o desenvolvimento de novas gerações de criadores de soluções, e não apenas de consumidores de tecnologia”, diz.

A iniciativa também terá como foco o trabalho com vieses de gênero e raça em sala de aula, visando incentivar meninas e pessoas negras a perseguirem carreiras nas áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática no futuro.

O projeto em Goiás é pioneiro no Brasil, mas já foi aplicado em outros países. Em uma iniciativa semelhante realizada pelo British Council na Colômbia de 2019 a 2021, o projeto “Programación para Niños y Niñas” fortaleceu as competências em pensamento computacional nas crianças por meio da capacitação de professores.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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