Goiás é o estado com maior redução de pessoas desaparecidas no Brasil

Goiás é o estado com maior redução de pessoas desaparecidas

De acordo com os dados divulgados pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública na última quinta-feira, 20, Goiás é o estado brasileiro com a maior redução no número absoluto de pessoas desaparecidas.

A redução foi de 8,8% entre os anos de 2021, com 1.376 casos registrados em números absolutos, e 2022, com 1.271. Com esses números, o levantamento indica que, no ano passado, a taxa de pessoas desaparecidas em Goiás é de 18 por 100 mil habitantes, 1,7 a menos em relação ao ano anterior.

Além da redução, outro dado que chama atenção para Goiás é o número de pessoas encontradas pelas autoridades de segurança pública do estado. O Anuário indica que foram 892 pessoas localizadas, em 2021, e 1.274, em 2022.

Entretanto, o levantamento não discrimina se essas pessoas foram localizadas vivas ou mortas. Ressalta-se, também, que as pessoas localizadas não necessariamente desapareceram no mesmo ano em que foram encontradas, o que explica o número maior pessoas localizadas em relação às desaparecidas no ano passado.

Além de Goiás, apenas Minas Gerais teve queda no número de pessoas desaparecidas

O outro estado brasileiro que também apresentou redução no número absoluto de pessoas desaparecidas foi Minas Gerais, que diminuiu 1,2%. Todas as demais unidades federativas do Brasil apresentaram aumento nesse indicador.

No Brasil, a tendência é de aumento nesse indicador, a variação foi de 12,9% a mais. Em 2021, foram mais de 65 mil registros no País, aumentando para pouco mais de 74 mil, no ano passado, o que equivale 39.957 desaparecidos para cada 100 habitantes.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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