Última atualização 06/10/2022 | 17:03
Quase dois meses após o primeiro registro de varíola dos macacos, Goiás bate a marca de 503 casos da doença. O número apresentado no boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) desta quinta-feira, 06, coloca o estado como o quarto no ranking nacional de confirmações da doença. Em primeiro lugar está Minas Gerais, seguido do Rio de Janeiro e de São Paulo.
A maioria dos goianos com a chamada monkeypox são homens (485) e os casos se concentram na capital (359). Somente 18 mulheres apresentaram a doença. O levantamento constatou que a idade das pessoas diagnosticadas é de 0 a 64 anos. De acordo com a SES-GO, não há morte em decorrência da varíola dos macacos no estado.
O cenário epidemiológico para a varíola dos macacos é de estabilização em Goiás, mas os casos da doenças chegam a 25% das infecções suspeitas. A estatística foi constatada após o início das realização dos exames pelo Laboratório Central de Goiás (Lacen-GO) em 11 de setembro. Em pouco menos de um mês, o local avaliou 562 amostras. Desse total, 140 confirmaram a monkeypox, 400 tiveram laudo negativo e 22 ficaram inconclusivas.
“Esse índice é menor que o esperado. Chegamos a ter registros de 70% de casos positivos. Não podemos falar em estimativa de queda, mas em tendência. Acreditamos que é de estabilização e que pode baixar”, esclarece a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim.
O laboratório realiza os testes por demanda, sem limite por dia. É feito por meio da coleta de amostra das lesões na pele característica da varíola dos macacos. De acordo com Flúvia, o aparecimento das feridas não tem um padrão, mas costumam surgir em até três dias seguido de febre. O resultado do exame é liberado em até 72 horas.
A principal forma de proteção é evitar contato direto com pessoas contaminadas pelo contato pele/pele, pessoal, ou obviamente através do contato com objetos pessoais de um paciente que está infectado com a varíola dos macacos. A doença é causada por um vírus que causa sintomas com duração entre duas e quatro semanas.