Goiás é o terceiro estado com maior aumento domiciliar no Brasil

Goiás ocupa a terceira posição no ranking de aumento de domicílio do Brasil. Conforme o Censo Demográfico 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 28, o estado ultrapassou a marca de 3,2 milhões de domicílios, representando uma alta de 44,8% em comparação ao último levantamento, feito em 2010.

Além disso, Goiás apresentou mais de 7 milhões de residentes, aparecendo na 11ª posição na lista de estados mais populosos. Ainda de acordo com os primeiros dados do levantamento, o estado é o terceiro em maior crescimento populacional absoluto, ficando atrás apenas de São Paulo e Santa Catarina. Em relação a crescimento, se comparado a última pesquisa, Goiás está acima da média nacional, com 17,5%.

Municipal

Além do destaque estadual, os municípios goianos também tiveram ressalto. Considerada a cidade mais populosa de Goiás, com 1.437.237 residentes, Goiânia aparece entre os dez municípios mais populosos do país, estando a frente de grandes capitais como Porto Alegre e Belém.

Abadia de Goiás e Goianira também receberam grande visibilidade ao assumirem o primeiro e terceiro lugar, respectivamente, no ranking nacional de maiores aumentos de domicílios, apresentando alta de quase 200%. Outro destaque goiano foi em Senador Canedo, eleita a cidade com maior aumento relativo de população do Brasil entre os municípios com mais de 100 mil habitantes. Atualmente, o município 155 mil moradores.

Regional

Segundo a prévia dos dados do IBGE, no Centro-Oeste a população total calculada foi de 16.492.326. Se analisarmos separadamente os estados, Goiás segue liderando com 6.950.976. Em seguida vem Mato Grosso (3.784.239), Distrito Federal (2.923.369) e Mato Grosso do Sul (2.833.742). O superintendente do IBGE em Goiás, Edson Roberto Vieira, explica que o crescimento da região se deve a fatores econômicos e ao agronegócio.

“Goiás foi o terceiro estado com maior crescimento em termos absolutos. Então teve um crescimento também relativo quase três vezes superior do que o registrado em nível nacional e, no Centro-Oeste, tivemos um destaque para o estado de Mato Grosso, juntamente com Goiás, e isso mostra que a participação do Centro-Oeste, em relação às demais macrorregiões do Brasil, cresceu. Isso pode ter relação com o crescimento do agronegócio. O PIB do agronegócio representa duas vezes mais em Goiás do que em nível nacional. A gente percebe uma migração de outras macrorregiões para o Centro-Oeste”, destaca Vieira.

No Brasil

Em nível nacional, o Censo Demográfico 2022 concluiu que a população brasileira cresceu em 12,3 milhões de pessoas, se comparado a 2010. Há 13 anos, o Brasil tinha 190,7 milhões de habitantes, e agora, tem 203 milhões, ou seja, uma alta de 6,4%.

No quesito domiciliar, o aumento foi de 34%, uma vez que em 2010 eram 67,5 milhões e agora são 90,6 milhões de domicílios. Isso traz uma segunda análise, em relação a diminuição de moradores por residência, que agora são em média 2,79.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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