Goiás envia 200 toneladas de donativos ao Rio Grande do Sul

Donativos arrecadados por meio de campanhas do Governo de Goiás, empresas e população serão levados ao Rio Grande do Sul, nesta sexta-feira, 10, para apoiar as vítimas das enchentes. O governador Ronaldo Caiado e a coordenadora do Goiás Social, primeira-dama Gracinha Caiado, acompanharam os últimos preparativos para a partida do comboio de 16 carretas, em uma área ao lado do Estádio Serra Dourada, em Goiânia.

Com 200 toneladas alimentos, água potável, roupas, colchões e medicamentos, os veículos devem chegar em solo gaúcho entre domingo, 12, e segunda-feira, 13.

“Esses produtos serão levados para atender vidas. Por isso, estamos colocando carinho ao embalar cada item, discriminando e organizando os pacotes para facilitar a vida daqueles que já estão em dificuldade”, enfatizou o governador, após afirmar que a tragédia merece “dedicação” por parte dos governantes de todo o Brasil.

DONATIVOS

A remessa inclui 60 toneladas de cestas básicas, 100 mil litros de água, 42 toneladas de roupas, cobertores e 10 mil unidades do alimento Mix do Bem, além de kits de medicamentos. O comboio terá livre trânsito nas praças de pedágio ao longo do trajeto de mais de 2 mil quilômetros.

“Agradeço por esse trabalho desenvolvido por vocês e digo que nós teremos outros comboios partindo de Goiás, principalmente com medicamentos, que é o que mais nos preocupa neste momento”, acrescentou Caiado.

“Estamos enviando também mil filtros de barro, porque muitas localidades estão sem energia elétrica e essa é a maneira mais fácil de filtrar água para beber”, explicou a primeira-dama Gracinha Caiado. Ela pediu à população que continue fazendo doações, já que a arrecadação seguirá até o dia 22 deste mês. Os quartéis do Corpo de Bombeiros estão entre os pontos de coleta.

“Se cada um se colocar no lugar daquelas pessoas, a gente consegue ajudar muito mais. Juntos, nossa ajuda é muito maior”.

De acordo com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Washington Luiz Vaz Junior, a equipe de 21 servidores de Goiás vai continuar no Rio Grande do Sul pelo tempo que for necessário. “Nós estamos falando aqui de um desastre que pode perdurar no mínimo 10 dias ou até se estender por 30 dias”, alertou. As Secretarias de Desenvolvimento Social (Seds), de Indústria e Comércio (SIC) e Esporte e Lazer (Seel) também estão mobilizadas.

SOLIDARIEDADE

Diretor da Rit Log, uma das dezenas de empresas que colaboraram com a campanha, o empresário José Liandro Tavares afirmou que a solidariedade de funcionários e amigos foi surpreendente. “Desde segunda-feira, eu fiz um programa junto com meu marketing nas redes sociais para arrecadar mantimentos para levar e aí o pessoal foi trazendo”, comentou.

DOAÇÕES

  • Saneago: 50.400 mil copos de água
  • N e L (Grupo José Alves): mil caixas de produtos de limpeza
  • Ypê Mineradora: 1.000 galões de água 5 Lts
  • Caramuru Alimentos: 4 mil pacotes de fubá e 3,5 mil litros de óleo de soja
  • OVG: mil filtros de água, mil colchões, 5 mil cobertores, 10 mil Mix do Bem
  • Assembleia Legislativa: 1,5 toneladas de cestas básicas e 2 toneladas de ração animal
  • Cufa: 3 toneladas de medicamentos
  • Comando de Operações da Defesa Civil / Empresa Rit Log – 100 toneladas de água mineral, 30 toneladas de cestas básicas, 42 toneladas de cobertores e roupas.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp