Goiás está acima da média nacional na vacinação de crianças com até 2 anos

Goiás está acima da média nacional na cobertura vacinal de crianças com até dois anos de idade. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), o resultado positivo está associado às campanhas Nacional de Multivacinação e estadual ‘Xô dodói‘, lançadas em agosto deste ano.

“A grande lógica de fazer a Campanha “Xô dodói” foi aproximar os municípios e, assim, aumentar a cobertura vacinal. É sempre importante lembrar que a vacina é um ato de amor”, explicou o secretário de Saúde, Sandro Rodrigues.

Já considerando apenas a campanha nacional, Goiás ocupa a primeira posição na região Centro-Oeste com relação ao número de doses aplicadas. Entre todos os estados, é o 10° colocado.

Vacinação contra a paralisia infantil

Até a primeira semana de setembro, 27,86% das crianças goianas na faixa etária de um a quatro anos foram imunizadas contra a poliomielite. Em alguns municípios, o índice chegou a 100%, segundo a SES.

“A gente tem que lembrar que a vacina da pólio, talvez seja a mais simples delas. É questão de gotinhas e a criança está imunizada”, explicou Sandro Rodrigues.

O secretário ainda reforça a preocupação do estado em relação à paralisia infantil, já que em outros países, como os Estados Unidos, foi decretado estado de emergência.

“Essa análise que a gente tem feito dos cenários dos Estados Unidos, esse estado de emergência que está lá, em relação a pólio, reforça que a vacina é muito simples e que a gente não quer a inserção das doenças já foram erradicadas aqui no nosso estado”, ressaltou Sandro.

A estimativa populacional de um a quatro anos é de 405.617 e foram aplicadas 112.998 doses. Apesar dos números apresentarem um avanço, o Sandro afirma que ainda existe uma preocupação. Por isso, a SES realiza diariamente “uma análise de cenário, para ver o que dá para mudar, o que pode mudar” para melhorar os índices de cobertura vacinal.

Considerando a vacinação de rotina, o estado está acima da média nacional em relação ao público menor de dois anos de idade. A única exceção é quanto à vacina tríplice viral. Goiás ainda está com 68,43% enquanto, no Brasil, a cobertura está em 70,55%.

Campanha de vacinação ‘Xô Dodói’

Com o objetivo de aumentar a cobertura vacinal, foi lançada uma campanha publicitária voltada para as crianças menores de cinco anos, público-alvo da vacinação contra a paralisia infantil. A “Xô Dodói” está presente em todos os 246 municípios goianos por meio de informativos e cartazes. Na manhã desta terça-feira, 13, foram lançados também os kits pedagógicos para todas as crianças aprenderem sobre a vacinação, de forma divertida.

A distribuição já começou nos Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) de Goiânia, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação da capital, por meio do Programa Saúde na Escola e prossegue nos demais municípios.

Os kits pedagógicos foram produzidos pensando na parceria com as escolas municipais de educação infantil.

“A parceria com as Secretarias Municipais de Educação é imprescindível para alcançarmos as crianças, pais e professores com informações seguras sobre a vacinação”, diz o titular da SES, ressaltando que a campanha mirou o fato de que crianças aprendem brincando.

Goiânia recebeu 33.685 kits para os alunos menores de 5 anos de idade matriculados na educação infantil, ou seja, aqueles que estão nos Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) da capital. Cada kit contém quebra-cabeça, certificado de vacinação, máscara e cartela de adesivos. De forma lúdica, a Xô Dodói busca instruir sobre a importância da imunização.

O secretário ainda destaca que um dos objetivos da campanha e de todo esse trabalho educativo é eliminar mitos construídos acerca da imunização. As vacinas são seguras, registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, durante todos esses anos, foram responsáveis por erradicar diversas doenças. Devido à desinformação, algumas doenças estão voltando. “Mas aqui em Goiás elas não são bem-vindas”, garante Sandro Rodrigues.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp