Goiás está com alerta de chuva forte e ventos de até 100 km/h

Goiás pode ter pancadas de chuva com granizo nesta quinta-feira, 5

O estado de Goiás pode ser atingido por chuva forte até a manhã desta quinta-feira, 13. Um alerta de perigo para possíveis estragos com recomendações à população foi emitido pelo  Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil (Inmet) nesta quarta-feira, 12.

 

No aviso válido para boa parte do território goiano consta previsão de chuvas de até 100 milímetros por dia e ventos intensos com velocidade que pode alcançar 100 quilômetros por hora. Há risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas. 

 

As autoridades pedem que as pessoas desliguem aparelhos elétricos e quadro geral de energia, não estacionem veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda e acionem a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros de Goiás, se necessário, pelos telefones 199 e 193, respectivamente.

 

Na capital, a mínima deve permanecer de 20ºC e a máxima de 31ºC. De acordo com especialistas, o temporal é resultado do encontro da umidade vindo da região norte do país com o calor intenso sobre o estado. Uma frente fria tende a derrubar a temperatura a partir da próxima sexta-feira, 14.

 

O Inmet orienta as pessoas a seguir as orientações da defesa civil local e do plano de contingência municipal e ligar para os números 199 ou 193, em caso de emergência. A maior preocupação das autoridades em saúde é com as doenças causadas pelas enchentes decorrentes das tempestades. 

 

A água suja pode ter sido contaminada através de esgoto e dejetos de animais, como ratos.  O tétano e a leptospirose costumam ter mais registros médicos após inundações dentro e fora de Goiás. Os alimentos também podem ser tornar uma fonte de transmissão de microrganismos que afetam o corpo humano, o que torna necessário adotar duas precauções. 

Alerta

 A solicitação de cadastramento para recebimento de avisos e alertas de desastres emitidos pelo governo federal pode ser feito enviando uma mensagem de SMS para o número 40199 com o CEP da residência ou área que deseja monitorar.

A confirmação do cadastro no sistema de alerta é enviada em seguida com a resposta “Cadastro realizado com sucesso. O seu celular está apto a receber alertas e recomendações da Defesa Civil”. O serviço é gratuito para o cidadão. Para inserir mais de um CEP a ser monitorado, basta repetir o procedimento.

 

 

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Agrodefesa apreende 10 mil embalagens de agrotóxicos armazenadas de forma irregular

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), em parceria com a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR), deflagrou, na última terça-feira, 17, em Trindade e Paraúna (GO), a Operação Terra Limpa.

A ação resultou na apreensão de mais de 10 mil embalagens vazias de agrotóxicos que estavam armazenadas de forma irregular, em desacordo com legislações ambiental e de defesa agropecuária vigentes.

As embalagens foram encontradas em diferentes estados de processamento — algumas prensadas, outras trituradas —, e estavam em condições inadequadas de armazenamento. Também foi descoberto um caminhão carregado com embalagens vazias.

Os profissionais envolvidos na operação identificaram que os materiais eram triturados para reciclagem, porém a destinação final das embalagens não cumpria as normas legais de devolução de embalagens vazias de agrotóxicos.

Os materiais apreendidos – que totalizaram seis caminhões com produtos – foram enviados para a Associação Goiana de Empresários Revendedores de Produtos Agropecuários (Agerpa), localizada em Goiânia, e para a Associação dos Distribuidores de Produtos Agrícolas de Rio Verde (Adirv) para pesagem e destinação final.

Essas associações são unidades que representam os estabelecimentos comerciais de insumos agrícolas, autorizadas a recepcionar e dar a correta destinação final das embalagens vazias – que passam por tríplice lavagem pelos produtores -, ou ainda daquelas que podem conter resíduos de agrotóxicos.

Segundo a gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, os fiscais estaduais agropecuários e os agentes da Polícia Civil apuraram ainda que a intenção do proprietário do estabelecimento era desviar as embalagens para recicladoras clandestinas.

“É importante destacar que o processo legal de reciclagem de embalagens vazias de agrotóxicos é de competência do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV). A instituição é responsável pela gestão da política reversa das embalagens vazias de agrotóxicos e nós, da Agrodefesa, estamos inseridos nesse processo como responsáveis por orientar os produtores e fiscalizar o cumprimento da obrigatoriedade legal do correto armazenamento e devolução das embalagens vazias”, informa.

Penalidade

Além da apreensão do material, o responsável pelo estabelecimento foi detido pela Polícia Civil e autuado pelos fiscais da Agrodefesa. De acordo a com legislação federal e estadual de agrotóxicos, a previsão é que esse tipo de infração tenha penalidades administrativa e criminal, com multas que podem chegar a R$ 50 mil, além de pena de reclusão, de dois a quatro anos.

O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, reforça que esse tipo de prática de descarte e armazenamento irregular de embalagens de agrotóxicos vazias, além de ser crime, coloca em risco o meio ambiente, a saúde pública e a economia no Estado.

“Pode trazer sérios danos para a população e afetar toda uma cadeia produtiva. Por isso, casos como esses devem ser denunciados aos órgãos competentes para que as medidas de prevenção e repressão sejam tomadas o mais rápido possível”.

Denúncia

A operação foi realizada a partir do trabalho inicial de apuração feito em Paraúna (GO) por fiscais estaduais agropecuários da Unidade Regional Rio Verdão da Agrodefesa. No município, os profissionais identificaram desvios, processamento e envio de embalagens de agrotóxicos para Trindade.

O coordenador da UR Rio Verdão, Giovani Miranda, destaca que a partir disso foi possível a identificação dos receptadores e a localização do galpão em que o processamento clandestino das embalagens acontecia.

“Essas medidas possibilitaram à Delegacia de Crimes Rurais a apreensão de outras quatro cargas nesse mesmo depósito”, informa.

Participaram da ação fiscais estaduais agropecuários das Unidades Rio dos Bois e Rio Verdão, e da Gerência de Fiscalização Agropecuária, sob coordenação da Gerência de Sanidade Vegetal, além de agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR).

Destinação correta de embalagens de agrotóxicos

Em Goiás, são 13 associações credenciadas pelo inpEV, que juntas são responsáveis pela gestão em 27 Unidades de Recolhimento de Embalagens Vazias (UREV), devidamente cadastradas na Agrodefesa, sendo 17 Postos e 10 Centrais, localizadas nos seguintes municípios:

Acreúna, Anápolis, Bom Jesus, Catalão, Ceres, Cristalina, Formosa, Goianésia, Goiânia, Iporá, Itaberaí, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Mineiros, Morrinhos, Paraúna, Piracanjuba, Porangatu, Quirinópolis, Rio Verde, Santa Helena de Goiás, Vianópolis e Vicentinópolis.

Os empresários que utilizam agrotóxicos, ao concluírem a aplicação, devem realizar a tríplice lavagem, armazenamento adequado e a devolução das embalagens vazias, suas tampas e eventuais resíduos pós-consumo dos produtos aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, de acordo com as instruções previstas nas respectivas bulas, no prazo de até um ano, contado da data de compra, ou da data de vencimento.

A devolução pode ainda ser intermediada por postos ou centrais de recebimento, bem como por ações de recebimento itinerantes, desde que autorizados e fiscalizados pelo órgão competente, nesse caso em Goiás, pela Agrodefesa, com a gestão sob responsabilidade do inpEV junto às suas associações de revendas credenciadas.

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