Goiás está em alerta contra várias doenças perigosas como o sarampo; saiba como se prevenir

Desde 2019, Goiás está em alerta para o risco de sarampo. Entre agosto daquele ano e março de 2020, foram registrados 20 casos, depois de duas décadas sem notificações entre goianos. Em 2021, foram 25 casos suspeitos e, em 2022, dois que, posteriormente, foram descartados. Ainda assim, a preocupação continua e a Secretaria Estadual de Saúde (SES) está em campanha para vacinar crianças e adolescentes.

Ao longo do tempo, diversas planos com diferentes focos foram feitos no Brasil. A campanha atual busca imunizar crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade e também trabalhadores da saúde. A primeira etapa da vacinação contra o sarampo vai até 3 de junho para trabalhadores da saúde. A segunda etapa será dedicada às crianças, do dia 30 de abril a 3 de junho. Segundo a SES, a imunização ocorrerá nos postos de saúde, das 8 horas às 17 horas, sem interrupção do atendimento.

O esquema vacinal completo para sarampo é de duas doses entre um e 29 anos de idade. Dos 30 aos 59, o adulto deve ter ao menos uma dose. Nesta campanha atual, as crianças de nove meses a menores de cinco anos de idade e os adultos devem tomar a vacina, independentemente de quantas doses já tenham recebido. “É só levar o cartão de vacina. Se não tiver, vai assim mesmo. Quando não não há comprovação de que se vacinou, é considerado que a pessoa não foi vacinada”, explica Flúvia.

Alerta em Goiás

“Existe uma preocupação grande porque temos cerca de nove estados com o caso ativos. Aqui em Goiás, aconteceu em 2020, pode acontecer em 2022. Principalmente agora que tudo está voltando ao normal. Antes, as crianças estavam reclusas em suas casas. Hoje, não mais”, explica a Superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Flúvia Amorim.

De acordo com a pasta, a cobertura vacinal da tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, vem caindo ao longo dos anos no Estado. Em 2017, estava em 80,99%; aumentou para 87,81% em 2018 e 88,39% em 2019. Já em 2020, baixou, chegando aos 75,35% e subiu timidamente em 2021, com 76,92%. O preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de, pelo menos, 95%.

“Os mais jovens não se lembram, mas o sarampo pode se complicar levar a problemas respiratórios, neurológicos e pneumonia, por exemplo. Pode levar à morte. O Brasil tinha eliminado a doença em 2016, mas a cobertura vacinal começou a baixar. Bastou vir pessoas de fora e entrarem em contato com não-imunizados, para a doença voltar”, detalha Amorim.

Com a volta do vírus do sarampo ao Brasil, em 2018, e a manutenção da circulação dele por mais de 12 meses, o Brasil perdeu a certificação de País livre do sarampo.

O problema não se limita à doença que causa manchas vermelhas na pele, febre alta, tosse, coriza, conjuntivite e manchas brancas. Outras doenças que podem ser evitadas, por meio da vacina, podem ganhar força novamente.

Isto porque o sinal vermelho é para todos os imunizantes. Há risco de retorno da poliomielite (paralisia infantil), tétano neonatal, coqueluche, difteria e meningites, conforme explica Flúvia. “Não tem nenhuma vacina com cobertura vacinal ideal. Se não melhorarmos, vamos ter que anunciar o retorno da paralisia infantil no estado, daqui um tempo”, alerta a superintendente de vigilância em saúde.

 

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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