Goiás no top 10 em qualidade de vida

Estudo realizado pela consultoria Macroplan, publicado nesta quinta-feira (14), pela Revista Exame, mostra que Goiás, de 2014 para 2015, avançou principalmente em indicadores de Educação, Saúde, e Segurança Pública, e está entre os dez melhores estados para se viver. O levantamento é pautado no Índice dos Desafios da Gestão Estadual (IDGE), desenvolvido pela Macroplan.

O IDGE avalia as unidades da federação em 28 indicadores, agrupados em nove áreas. Goiás registrou crescimento em seis das nove áreas, e obteve nota 0,655, no ranking que vai de 0 a 1. Com isso, foi um dos 17 estados que melhoraram ou mantiveram o índice de 2014 para 2015.

As áreas em que Goiás mais avançou foram Educação, Saúde, Segurança, Infraestrutura, Juventude e Condições de Vida. Nos quesitos Desenvolvimento Econômico e Desenvolvimento Social, em que a maioria dos estados regrediu, devido à crise econômica, Goiás se manteve estável. O Estado recuou apenas na área Institucional, devido ao incremento da taxa de congestionamento da Justiça, conforme explica a Macroplan. No ranking geral dos estados, Goiás ocupa a 10ª posição.

A Macroplan ressalta, no estudo, que desenvolvimento social e econômico, educação e juventude são as áreas fundamentais para um processo sustentado de ganhos de competitividade. Destaca, ainda, que a área com maior potencial de impacto no IDGE, relativo a Goiás, é a Segurança Pública. Assinala que os dados preliminares apontam para queda na taxa de homicídios e mortes no trânsito em 2016, e que há redução de 7% na taxa de crimes de morte no Estado no ano passado.

A consultoria detalha os indicadores relativos a cada área. Dentre os maiores avanços de Goiás, destacam-se os itens Jovens com Ensino Superior Completo, com ganho de seis posições no ranking (de 13º para 7º), Acesso à Internet (de 12º para 7º) e Qualidade das Rodovias (de 19º para 14º). Ressalta-se, ainda, que Goiás melhorou seu IDGE de 0,55 para 0,65, de 2014 para 2015. Dessa forma, fica atrás em condições de vida apenas dos Estados das Regiões Sul e Sudeste, e do Mato Grosso do Sul.

O Secretário de Gestão e Planejamento, Joaquim Mesquita ressalta que os dados relativos a Goiás ainda não demonstram os esforços do Programa Goiás Mais Competitivo e Inovador (GMCI), que teve início efetivo apenas em 2016. E que, portanto, os índices devem melhorar ainda mais nos próximos anos. “A expectativa é de que nos próximos anos a posição de Goiás seja cada vez melhor, caminhando para figurar entre os cinco ou seis Estados de melhor condição de vida do País”, ressalva. “Mas vale destacar que, apesar da grave crise econômica enfrentada pelo País, refletida nos indicadores de 2015, os números de Goiás são bastante positivos”, assinala.

As informações são do Governo do Estado

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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