Goiás faz 180,6 mil cirurgias eletivas em pouco mais de um ano

Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO), realizou, de janeiro do ano passado a março deste ano, 180.637 cirurgias eletivas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado. O número de intervenções superou a fila única por cirurgias eletivas que, em dezembro de 2022, era de 125.894 pacientes em espera.

Os dados da SES-GO também apontam que ocorreram 165.430 novas solicitações e que até o dia 10 de maio último a fila chegou a 74.957. De acordo com os dados, houve uma redução de 66,73% na lista por procedimentos cirúrgicos eletivos em Goiás.

CIRURGIAS ELETIVAS

O secretário da Saúde de Goiás, Rasível Santos, considera o quantitativo de cirurgias positivo, já que diariamente surgem novas solicitações. Ele credita o avanço nas intervenções cirúrgicas no Estado à decisão do governador Ronaldo Caiado de incentivar o empenho de gestores e profissionais de saúde de Goiás na execução do Programa Nacional de Redução de Filas.

Além disso, contribuiu significativamente a estruturação do Sistema Estadual de Regulação de Cirurgias Eletivas (Regnet), pela SES-GO, escolhido pelo Ministério da Saúde (MS) como projeto-piloto para o país.

PARCERIAS

Quando foi lançado, em 2023, o Programa Nacional de Redução de Filas (PNRF) pelo governo federal, o Estado de Goiás firmou parceria com os hospitais privados e ampliou o programa para 40 municípios goianos. O Sistema Regnet organizou uma fila unificada com os municípios, registrando o número de pacientes em espera.

“Por meio do sistema Regnet, a SES-GO avançou no gerenciamento das filas de cirurgias eletivas, permitindo que o processo de regulação dos procedimentos seja realizado digitalmente, em tempo real, no hospital”, enfatiza o secretário Rasível Santos.

Ele destaca que o sistema foi elogiado pelo Ministério da Saúde. “O Regnet possibilitou a identificação e definição dos pacientes distribuídos nos 246 municípios goianos, de forma simples e eficiente, por meio do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems)”, ressalta.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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