Goiás firma parceria com chinesa Huawei para novas tecnologias no serviço público

Caiado

O Governo de Goiás fechou parceria, nesta terça-feira, 08, com a multinacional de origem chinesa Huawei para desenvolver soluções tecnológicas voltadas ao serviço público estadual. O memorando de entendimento foi assinado pelo governador Ronaldo Caiado e pelo presidente da empresa, Sun Baocheng, em Shenzen, na China. “Nosso estado será destaque em tecnologia e referência no atendimento rápido e eficaz ao cidadão”, ressaltou o governador, durante solenidade com a presença de autoridades e empresários.

A gigante do país asiático possui mais de 25 mil pesquisadores em tecnologia da informação e telecomunicações e colocou seu corpo técnico à disposição de Goiás. A expectativa é que sejam criadas ferramentas exclusivas para a realidade goiana, com aplicação nas mais diversas áreas, como saúde, segurança pública e educação. “A equipe técnica da Huawei irá nos ajudar no desenvolvimento de novos projetos para tornar Goiás um polo de tecnologia”, reforçou o secretário-geral do Governo, Adriano da Rocha Lima.

As ferramentas serão desenvolvidas no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Huawei, por onde a comitiva goiana fez uma visita nesta manhã. Impressionado com a grandiosidade do espaço, Caiado demonstrou grande expectativa para a assinatura de contratos futuros, que “devem trazer muitos benefícios para Goiás”. Entre outros serviços, a empresa pode ampliar a rede de internet nas escolas estaduais, com utilização da chamada wi-fi 6, última tecnologia em conexão sem fio.

Empresa

A Huawei é referência mundial em telecomunicações, além de celulares, smartwatches e outros eletrônicos, sediada na província de Guangdong, na China, e está em atuação no Brasil há 25 anos. Em 2020, iniciou em Rio Verde, no Sudoeste goiano, seu primeiro projeto de implementação da rede de internet móvel 5G no país, voltado exclusivamente para o agronegócio.

Missão

Participam da missão oficial de Goiás na China a primeira-dama e coordenadora do Goiás Social, Gracinha Caiado; e os secretários de Indústria e Comércio, Joel Sant’Ana Braga Filho; e de Infraestrutura, Pedro Sales. Também estão presentes o presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto; os deputados estaduais Jamil Calife, Lucas do Vale e Vivian Naves. Também os prefeitos de Anápolis, Roberto Naves; de Porangatu, Vanuza Valadares; e de Rio Verde, Paulo do Vale. Nesta quinta-feira, o grupo segue para uma visita à montadora de carros elétricos BYD, também em Shenzhen.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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