Goiás investe R$ 16 milhões para apoiar empresas em pesquisa e inovação

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) contabilizou 102 propostas submetidas ao edital de apoio à pesquisa e inovação Tecnova III. O número é um recorde para a iniciativa, que recebeu aporte de R$ 16 milhões do Governo de Goiás. Na última edição, em 2019, o Estado havia destinado R$ 4,2 milhões ao Tecnova II, que contou com 45 participações. O prazo para submissão de propostas deste ano foi encerrado na última semana.

O presidente em exercício da Fapeg, Cláudio Leles, destacou a relevância da parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) na implementação do Tecnova III. “Esta colaboração é uma estratégia crucial para o fortalecimento da inovação e do empreendedorismo em Goiás. Oferece um suporte significativo a empresas com alta maturidade, capazes de contribuir substancialmente para a competitividade nacional e para a transformação socioeconômica do estado e do país”, afirmou.

O Tecnova II ofereceu subvenções econômicas que variaram de R$ 150 mil a R$ 300 mil, selecionando 12 propostas com dois projetos suplentes, totalizando 14. Já para o Tecnova III, o edital prevê valores por projeto de R$ 424 mil a R$ 624 mil, com a meta de selecionar 33 projetos. A previsão é de que o resultado com a lista de selecionados seja divulgado em outubro.

O que é

A Chamada Pública nº12/2024 do Tecnova III tem como objetivo apoiar, por meio de subvenções econômicas, o desenvolvimento de produtos e processos inovadores, novos ou significativamente aprimorados, para o mercado nacional. O foco é em empresas brasileiras que atuam em setores estratégicos de acordo com as políticas públicas federais e a política de inovação do estado.

O Tecnova III contará com um aporte total de R$ 16.127.334,00, sendo R$ 12.095.500,00 provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT/FINEP) e R$ 4.031.834,00 da Fapeg.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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