O aumento de casos de chikungunya em Goiás chama atenção para a necessidade de prevenção ao mosquito causador da doença. Os registros subiram 113% neste ano em relação a 2021 chegando a 1123 casos, segundo o painel de indicadores da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO). O transmissor é o mesmo da dengue e da zika, o Aedes aegypti, e o de outra espécie, o Aedes albopictus.
Análises laboratoriais verificaram que o problema de saúde está presente em 13,4% dos municípios goianos. Por ordem crescente de registros estão Luziânia (720), Goiânia (216 ), Campos Belos (61), Aparecida de Goiânia (34) e Bom Jardim de Goiás (9). Não há óbitos registrados pela pasta.
A própria variação entre casos notificados e casos confirmados de chikungunya até o dia 02 de abril no estado aumentou 62%, de acordo com a SES-GO. O mesmo indicador subiu para dengue saltando para 74% tendo sido impulsionado uma combinação de epidemias cíclicas a cada 4 ou 5 anos, chuva e calor intensos no último verão e descuido da população com locais de reprodução do mosquito.
Os sintomas da chikungunya são semelhantes aos da dengue, mas a dor nas articulações é a principal diferença. O tratamento é sintomático já que não existe medicamento ou vacina específicos. No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em 2014. O nome vem de um dos idiomas da Tanzânia significa “aqueles que se dobram”.
A doença pode evoluir em três fases: aguda, subaguda e crônica. Após o período de incubação começa a fase aguda ou febril, que dura até o 14º dia. Alguns pacientes evoluem com persistência das dores articulares, marcando o início da fase subaguda com duração de até três meses. Quando a duração desses sintomas persiste, a pessoa atinge a fase crônica e apresenta vômitos, sangramento e inchaço.