Última atualização 28/09/2022 | 18:46
A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) levou à morte 44 pessoas em Goiás neste ano. O número chega a ser maior do que o registrado no ano passado, quando 27 pessoa faleceram por causa da doença, considerada uma das complicações da covid. Uma das explicações para o aumento é a baixa cobertura vacinal para influenza, que não chegou à metade do público alvo.
O infectologista Marcelo Daher explica que a aplicação das doses em abril ocorrem justamente para proteger a população no período mais crítico de ocorrência da doença, entre junho e setembro. Ele lembra que, apesar de ser uma das complicações da covid, a SRAG é toda síndrome respiratória causada por doenças virais de maneira grave.
“O que mais vem causando SRAG no País é a influenza, principalmente nas regiões sul e sudeste. Como tem transmissão fácil e há grande circulação de pessoas no País, há possibilidade de transmissão para outras áreas. Além disso, a região norte do País costuma apresentar mais casos de gripe no final do ano, como no hemisfério norte. Existe uma preocupação e a cobertura vacinal não foi das melhores”, explica.
Por causa do tempo mais seco, a retomada das aglomerações e menos pessoas vacinadas, a doença vem sendo diagnosticada com mais frequência nos hospitais. A maioria dos pacientes apresenta febre, dor de garganta, tosse e dor no corpo. O tratamento é feito com o tamiflu, que deve ser feito nas primeiras 48 horas, principalmente nos grupos de risco (idosos, crianças, gestantes e pessoas com comorbidades), segundo Daher.
A vacina contra Influenza (gripe) está disponível para todas as pessoas com idade acima de seis meses. Para se imunizar, é preciso apresentar documento pessoal com foto, e comprovante de endereço em qualquer posto de vacinação em Goiânia. As crianças, obrigatoriamente, terão de apresentar o cartão de vacinação e um documento. Em todo o território goiano, existem 965 unidades básicas de saúde espalhadas em todos os municípios onde ocorrem as aplicações das vacinas.