Última atualização 01/04/2022 | 14:49
O acidente com o ex-BBB Rodrigo Mussi, nesta quinta-feira (31), é um entre tantos exemplos em que, possivelmente, o cinto de segurança teria feito a diferença. O motorista usava o dispositivo e não se machucou. Já Rodrigo não estava de cinto e acabou ferido, ficando em estado delicado em um hospital de São Paulo. Em Goiás, de acordo com o Detran, 183.230 multas foram aplicadas apenas no ano passado pelo não uso do equipamento. Neste ano, já são 27,5 mil casos.
Do total de flagrantes observados em 2021, quase 82% foram porque o próprio motorista não usava o dispositivo. Outros 18%, por conta da imprudência dos passageiros. Em 2022, já foram 27.503 casos, dos quais cerca de 84% foram por motoristas flagrados sem cinto e 16% por passageiros. Os dados levam em conta todas as multas aplicadas em Goiás, pelos mais diversos órgãos, como secretarias municipais de trânsito e a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra).
Dentro deste total, estão as multas em rodovias federais que cortam Goiás, que chegaram a 11.707 ano passado, das quais 70% foram pela falta do uso entre motoristas. Em 2022, já são mais de 2.065 flagrantes, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
“Cinto não é enfeite, é obrigação. Muitas pessoas têm morrido por isso, principalmente quando estão alcoolizadas e não usam o dispositivo. Só neste ano, pelos casos que tivemos, no mínimo dez pessoas morreram e poderiam estar vivas se estivessem usando cinto de segurança”, alerta o inspetor da PRF, Newton Morais.
A infração por não uso do dispositivo de segurança implica em cinco pontos na carteira e multa em torno de R$ 190. Segundo Morais, o problema também é observado em ônibus de turismo, nos quais muitos passageiros retiram o cinto ao longo do trajeto, ou nem chegam a colocá-lo.
“Em rodovia, se um carro tomba, capota ou colide, quem está sem cinto normalmente é arremessado para fora do veículo. Ou então, a pessoa pode machucar ou matar quem está de cinto, porque, com o impacto, fica solta dentro do veículo. Em ônibus, a tragédia tende a ser muito maior”, explica o inspetor da PRF.