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Goiás já tem cinco vezes mais mortes por chikungunya em 2022

Última atualização 12/09/2022 | 14:36

O mosquito transmissor de chikungunya está causando mais vítimas neste ano em todo o Brasil. Em Goiás, cinco pessoas morreram em decorrência da doença até 03 de setembro de 2022, enquanto em 2021 houve apenas um falecimento confirmado, segundo o painel de Indicadores da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO). Os dados nacionais registraram 64 óbitos contra 14 neste ano e no anterior, respectivamente.

A preocupação com o aumento do risco de agravamento ocorre pela elevação de casos, que cresceram em seis vezes. Ao todo, 3.550 tiveram a doença apenas neste ano –  em 2021 foram 578. No País já são 96.288 casos de chikungunya, percentual 68,6% maior em relação ao ano passado.

Para conter o avanço, a principal estratégia é a prevenção ao inseto Aedes Aegypt, que transmite a doença e ainda a dengue e da zika. As principais orientações das autoridades em saúde são verificar se a caixa d’água está tampada, colocar areia nos pratos de plantas, recolher e acondicionar o lixo do quintal, limpar as calhas e cobrir piscinas.

A quantidade de diagnósticos de dengue está 311% maior do que o ano passado e o de zika saltou 232,05% comparando o mesmo período. O impulso é provocado por uma combinação de epidemias cíclicas a cada quatro ou cinco anos, chuva e calor intensos do último verão e descuido da população com locais de reprodução do mosquito.

Detalhes

Os sintomas da chikungunya são semelhantes aos da dengue, mas a dor nas articulações é a principal diferença. O tratamento é sintomático já que não existe medicamento ou vacina específicos. No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em 2014. O nome vem de um dos idiomas da Tanzânia significa “aqueles que se dobram”.

A doença pode evoluir em três fases: aguda, subaguda e crônica. Após o período de incubação começa a fase aguda ou febril, que dura até o 14º dia. Alguns pacientes evoluem com persistência das dores articulares, marcando o início da fase subaguda da chikungunya com duração de até três meses. Quando a duração desses sintomas persiste, a pessoa atinge a fase crônica e apresenta vômitos, sangramento e inchaço.