A chikungunya tem causado preocupação em Goiás, principalmente após uma morte registrada no início deste mês. O número de casos confirmados também assusta: foram 188 somente nas duas últimas semanas, fazendo a média de novos casos aumentar 6% no período. Já são 3.229 diagnósticos neste ano. Os dados são do painel de Indicadores da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO).
O crescimento das estatísticas para cima revela que a população não está tomando os cuidados necessários que podem impedir a reprodução do mosquito transmissor da doença mesmo em férias escolares. Um boletim epidemiológico do Ministério da Saúde aponta alavancada de 95,7% de casos da doença entre janeiro e junho comparado ao mesmo período de 2021. Há 19 óbitos confirmados no país, sendo 14 deles apenas no Ceará, e outros 40 em investigação.
Em relação à dengue, a quantidade de pessoas que tem ou tiveram a doença no primeiro semestre deste ano é quase 3,5 vezes maior do que o total do ano passado, sendo 125.302 contra 36.747. A maior parte está concentrada em Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Rio Verde e Jataí. Os óbitos somam 83 em 2022.
Os sintomas da chikungunya são semelhantes aos da dengue, mas a dor nas articulações é a principal diferença. O tratamento é sintomático já que não existe medicamento ou vacina específicos. No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em 2014. O nome vem de um dos idiomas da Tanzânia significa “aqueles que se dobram”.
A doença pode evoluir em três fases: aguda, subaguda e crônica. Após o período de incubação começa a fase aguda ou febril, que dura até o 14º dia. Alguns pacientes evoluem com persistência das dores articulares, marcando o início da fase subaguda com duração de até três meses. Quando a duração desses sintomas persiste, a pessoa atinge a fase crônica e apresenta vômitos, sangramento e inchaço.