Goiás já tem tempo mais seco que deserto e chuva ainda vai demorar

O tempo deve continuar quente e seco em todo o estado de Goiás em setembro, com nenhuma chance de chuva. A semana deve permanecer sem grandes alterações devido a uma massa de ar seco que deixa as temperaturas mais elevadas no período da tarde, de acordo com o boletim do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). A umidade do ar se manterá baixa, variando entre 10% e 12%.

“Pelo menos até o dia 25 a chuva, nada de chuva. O período chuvoso mesmo deve recomeçar apenas na segunda quinzena de outubro. Vamos continuar sob sol forte”, afirma o gerente do Cimehgo, André Amorim.

O tempo seco neste ano está mais intenso, porém a queda acentuada e gradativa da umidade do ar é normal para o período, especialmente de agosto em diante devido à massa de ar úmida de outras regiões esbarrar na cordilheira dos Andes e não conseguirem chegar ao estado. A situação começa a mudar no final de setembro com a chegada dos primeiros chuviscos que se tornarão mais intensos na segunda quinzena de outubro. 

A  redução de vapor d’água na atmosfera chegou ao Nível de Alerta/Emergência, considerado pior do que o registrado em cidades na região do deserto do Saara onde ficam entre 14% e 20%. O atual cenário exige ainda mais cuidados com a saúde, como evitar exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10 e 16 horas e utilização de soro fisiológico para olhos e narinas.

Mesmo há quase quatro meses sem chuva e seca intensa no alto do rio Meia Ponte, o abastecimento de água na capital não está comprometido. No fim da manhã deste domingo, 11, o monitoramento indicado pelo painel de Segurança Hídrica do governo de Goiás apontava que a vazão era 4,3 mil litros por segundo. Atualmente, o índice é de atenção, o terceiro em uma escala de segurança com seis patamares.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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