Goiás lança Operação Átria de combate à violência contra a mulher

Lançada nesta segunda-feira,27, em Goiás, a Operação Átria reúne as Polícias Militar, Civil, Técnico-Científica e Penal, entre outros órgãos do governo estadual, para ações de combate aos crimes contra a mulher, em especial o feminicídio. Por determinação do governador Ronaldo Caiado, serão intensificados o cumprimento de mandados de prisão de agressores e a fiscalização de medidas protetivas.

Coordenadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, através da Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO), as equipes também devem apurar denúncias, realizar visitas e diligências, instaurar procedimentos e desenvolver campanhas educativas. Além da morte violenta de mulheres, estão no foco da operação os crimes de estupro, lesão corporal, ameaça, assédio sexual, importunação sexual e violência psicológica, entre outros.

“Um somatório de ações e uma estrutura diferenciada”, resumiu o governador Ronaldo Caiado. Ele ressaltou que Goiás se prepara para dar à Delegacia da Mulher de Goiânia abrangência estadual e lembrou como estratégia importante a criação da chamada “Sala Lilás”, onde é feito o atendimento de mulheres e crianças vítimas de violência sexual: “É diferenciada para atender mulheres separadamente de onde atendemos os homens no Instituto Médico Legal”, explicou.

O secretário de Segurança Pública de Goiás, Renato Brum dos Santos, durante solenidade de lançamento da Operação Átria, afirmou que o trabalho é fruto de parceria com o governo federal e que se trata de um cenário complexo. “É um crime complexo e silencioso. A gente tem que estimular que essa mulher oprimida possa falar, que ela possa denunciar esses agressores”, disse.

Na Polícia Militar, o Batalhão Maria da Penha ganhará reforço em todas as regionais durante o mês de março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher. Somente na capital, são acompanhadas cerca de 2.500 medidas protetivas. Em 2022, o estado registrou 57 feminicídios, número 5% maior que o registrado em 2021, quando houve 54 casos.

Átria
A Operação Atria faz referência ao nome da principal estrela da constelação denominada “Triângulo Austral”, do hemisfério estelar sul, que possui coloração alaranjada – remete à posição fundamental da mulher na estrutura familiar. Além das polícias, a operação envolve o Corpo de Bombeiros Militar (CBM) e a Guarda Civil Metropolitana (CGM).

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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