Goiás lidera cenário nacional de transplante de córnea

Goiás lidera o cenário nacional de transplante de córnea em número de procedimentos por milhão de pessoas, segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Em novembro do ano passado, o estado já tinha zerado a fila por espera para a operação. Em setembro, eram 82 pessoas aguardando e, atualmente, são apenas 16 pacientes ativos. A Fundação Banco de Olhos (Fubog) cadastra gratuitamente pessoas que precisam desse tipo de procedimento.

Segundo a diretora clínica da Fubog, Luciene de Souza, a fundação recebe pelo menos duas doações por dia e realiza 30 transplantes por mês. Só em 2018, já foram 150 cirurgias realizadas. Para garantir a doação e captação de córneas em tempo hábil, a Fundação mantém no Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia uma equipe de funcionários em plantão 24 horas. A instituição também possui Centros de Captação de Córneas em Catalão, no HUGO, na Santa Casa, no Hospital Araújo Jorge e, em breve, também em Itumbiara.

“No ano passado, tivemos uma reestruturação interna com treinamento de funcionários que repassam a importância desse procedimento para familiares e pacientes. Essa fila foi então zerada em Goiás e o nosso excedente começou a ir, inclusive, para outros estados. A Fundação Banco de Olhos é a pioneira aqui. Trabalhamos com o Sistema Único de Saúde (SUS) e, portanto, qualquer pessoa pode realizar esse tipo de transplante gratuitamente”, explica Luciene de Souza.

A doação das córneas deve acontecer logo depois da constatação de óbito de uma pessoa. Os interessados em realizar a cirurgia devem procurar um oftalmologista para diagnóstico e, tendo a necessidade, podem preencher uma ficha no site da Fubog e então é só aguardar o retorno. No Brasil, as principais causas que levam a necessidade de transplante de córneas são infecções, inflamações e traumas oculares.

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Jovem baleada por PRF na véspera de Natal tem estado de saúde atualizado

Jovem Baleada por PRF na Véspera de Natal: Estado de Saúde Atualizado

O Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes atualizou o estado de saúde de Juliana Leite Rangel, baleada por um PRF na véspera de natal. Em entrevista ao Globonews, o médico Maurício Mansur, responsável pelos cuidados com a vítima, informou que o caso é “extremamente grave” e que ela está “estável”.

“É importante lembrar que se trata de um caso grave e que, neste momento, não é possível falar sobre sequelas ou qualquer outra consequência. Estamos, na verdade, focados em um tratamento para salvar a vida dela.”, disse o médico.

A jovem está em coma induzido no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do hospital, no Rio de Janeiro. Segundo a equipe médica, o tiro pegou de raspão próximo à orelha esquerda, o que causou lesões no crânio da vítima e grande perda de sangue.

O médico também informou que a família de Juliana solicitou a transferência da paciente para um hospital particular, mas o pedido foi negado por ele devido a riscos à saúde dela.

Entenda o caso

De acordo com relatos, a jovem estava em um veículo quando os agentes da Polícia Rodoviária Federal realizaram a abordagem. A vítima estava indo passar a véspera de natal com a família em Niterói e estava acompanha da mãe, do pai e do irmão mais novo. Além dela, o pai também foi baleado de raspão no dedo.

“Olhei pelo retrovisor, vi o carro da polícia e até dei seta para eles passarem, mas eles não ultrapassaram. Aí começaram a atirar, e falei para os meus filhos deitarem no assoalho do carro. Eu também me abaixei, sem enxergar nada à frente, e fui tentando encostar. O primeiro tiro acertou nela. Quando paramos, pedi para o meu filho descer do carro, então olhei para Juliana: ela estava desacordada, toda ensanguentada, tinha perdido muito sangue. Eles chegaram atirando como se eu fosse um bandido. Foram mais de 30 tiros”, falou o pai da jovem.

Uma investigação foi aberta pelo Ministério Público Federal e o caso foi condenado pelo superintendente da PRF no Rio de Janeiro, Vitor Almada, que relatou que os agentes se aproximaram do veículo após ouvirem tiros e deduziram que vinha do veículo, descobrindo depois que havia cometido um grave erro.

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