Goiás lidera geração de emprego no Centro-Oeste em fevereiro

Goiás lidera geração de emprego no Centro-Oeste em fevereiro

Goiás encerrou o mês de fevereiro com saldo positivo de 11.490 postos de trabalho formais com carteira assinada. Os dados foram divulgados na quarta-feira, 29, pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), órgão do Ministério do Trabalho e da Previdência. Os números colocam o estado na primeira posição do ranking de geração de empregos na região Centro-Oeste e são resultado da diferença entre 74.899 admissões e 63.409 desligamentos.

Além de liderar no Centro-Oeste, Goiás ocupa a sétima posição no ranking de estados com a maior geração de empregos formais no mês de fevereiro. O saldo positivo foi alavancado, principalmente, pelos setores de serviços e agropecuária.

Somente a categoria serviços que engloba, por exemplo, administração pública, defesa, seguridade social, saúde humana, informática e atividades financeiras e imobiliárias gerou 5.753 vagas de trabalho formais em fevereiro de 2023. Em segundo lugar, a agropecuária foi responsável por 2.107 oportunidades. Na sequência estão indústria, com 1.677 vagas; construção, com 1.414; e comércio, com 539 vagas.

O titular da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel Sant’Anna reforça o crescimento nos dois primeiros meses de 2023 e a posição de destaque ocupada por Goiás.

“Neste segundo mês do ano, o saldo foi ainda melhor e ocupamos o primeiro lugar no Centro-Oeste. É o resultado do trabalho contínuo do Governo de Goiás, com foco, principalmente, nas micro e pequenas empresas”, afirma.

País

O Brasil abriu 241.785 postos formais de trabalho em fevereiro, de acordo com o Caged. Conforme o levantamento, os estados que mais geraram vagas de empregos com carteira assinada no país foram, respectivamente, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Goiás.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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