Goiás lidera produção nacional de girassol, sorgo e tomate

Em 2022, Goiás se afirmou como um pilar do agronegócio brasileiro, segundo a Radiografia do Agro, uma publicação da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). O estado conquistou o topo do ranking nacional na produção de girassol, sorgo e tomate e se destacou como o principal exportador brasileiro de sorgo.

Além da liderança em culturas específicas, Goiás figura como o terceiro maior produtor de grãos do país. O estado produziu 28,8 milhões de toneladas no ciclo 2021/2022, ficando atrás apenas de Mato Grosso e Paraná.

No ciclo 2021/2022, foram produzidos 28,8 milhões de toneladas de grãos em Goiás, com destaque para soja, milho, sorgo, feijão, trigo, algodão, arroz, girassol e gergelim. O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de Goiás em 2022 posicionou o estado em quinto lugar no ranking nacional, respondendo por 9% do VBP do Brasil.

Ranking nacional

O estado mostrou sua versatilidade na produção agropecuária, ocupando posições de destaque em diversas categorias:

  • 1º lugar: girassol, sorgo e tomate;
  • 2º lugar: alho, cana-de-açúcar, melancia, soja e rebanho bovino;
  • 3º lugar: borracha e palmito;
  • 4º lugar: cebola, feijão, abate de bovinos, milho e algodão;
  • 5º lugar: abate de frangos;
  • 6º lugar: batata, leite, trigo, lenha, plantel de aves e rebanho suíno;
  • 7º lugar: rebanho equino e tangerina;
  • 8º lugar: laranja, ovos de galinha, ovos de codorna, abate de suínos e café;
  • 9º lugar: plantel de codornas;
  • 10º lugar: banana, uva e rebanho bubalino.

Exportações

O agronegócio representou 47,5% das exportações totais do Brasil, em 2022. Nesse cenário, o agro goiano aparece em sexto lugar, representando 7,4% do valor nacional. O setor foi responsável por 82,9% das exportações goianas, marcando a maior participação desde o início da série histórica em 2012.

O complexo soja liderou as exportações, com 68,9% do total, seguido por carnes com 16,7%; cereais, farinhas e preparações (8,2%); complexo sucroalcooleiro (3,5%); e fibras e produtos têxteis (2%).

O estado foi o maior exportador nacional de sorgo em 2022 e ficou em segundo lugar em girassol, soja, tomate e mandioca. É o terceiro maior exportador nacional de algodão, milho e carne bovina. E quarto de arroz, etanol e goiaba. Goiás foi o quinto maior exportador de cebola, feijão, trigo e carne de aves. Sexto maior de café e açúcar; e sétimo de melancia, leite e carne suína.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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