Goiás não pedirá prescrição médica para vacinar crianças contra Covid-19, segundo SES

Média móvel Covid-19

Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Saúde disse entender que a prescrição médica para que crianças recebam a vacina não é adequada. A afirmação vem de acordo com uma recomendação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), feita em um cartão de Natal para as crianças,

Na carta, o Conass diz que não será necessário prescrição médica para vacinação infantil. Afirma ainda que a Ciência “vencerá” e que as crianças estarão protegidas.

“E é esse o recado que queremos dar no dia de hoje, véspera de Natal: quando iniciarmos a vacinação de nossas crianças, avisem aos papais e às mamães: não será necessário nenhum documento de médico recomendando que tomem a vacina”, diz o cartão de Natal.

Nesse sentido, a nota da SES afirma que a posição do Conass atende o preceito constitucional brasileiro de que a saúde é direito de todos e dever do Estado.

“A SES-GO compactua com as declarações da carta e entende que a prescrição médica para que crianças recebam a vacina não seja uma medida adequada” reforça o texto.

Confira o cartão do Conass na íntegra:

Imagem: Reprodução/CONASS

Confira a nota da SES-GO na íntegra:

“A propósito das questões formuladas por este veículo de comunicação, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informa o que segue:

A pasta segue, desde o início da pandemia, a ciência e as diretrizes que comprovam a eficiência e segurança das ações aplicadas no combate aos agravos de saúde pública. No caso específico, entende-se que a vacinação possui eficácia e benefícios comprovados para a proteção de várias doenças, incluindo a Covid-19.

Pelo preceito constitucional brasileiro, a saúde é direito de todos e dever do Estado, assim sendo, a recomendação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) atende e defende esses quesitos primordiais visando o bem da população. A SES-GO compactua com as declarações da carta e entende que a prescrição médica para que crianças recebam a vacina não seja uma medida adequada”.

Aprovação da Anvisa para vacinar crianças

No dia 16 de dezembro, a Anvisa autorizou a imunização, com a Pfizer, de crianças entre 5 e 11 anos de idade. Por outro lado, o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, disse que só haverá uma posição do governo no dia 5 de janeiro.

Até o momento, a vacina aprovada para aplicação em menores de 11 anos é a Pfizer. “No Chile, estão aplicando a CoronaVac. Países como Chile, Argentina, EUA, Canadá, China e Israel já imunizam crianças. Conforme anunciou a Anvisa, a dosagem da vacina para crianças será menor.

Consulta pública sobre vacinação de crianças

Nesse ínterim, na noite desta quinta-feira (23), o Ministério da Saúde abriu uma consulta pública sobre a vacinação de crianças contra Covid-19. No entanto, o formulário online, que ficaria aberto até 2 de janeiro, parou de receber opiniões poucas horas depois, às 10h desta sexta-feira (24). Instantes depois, a pasta subiu outro questionário.

A consulta traz perguntas sobre medidas apoiadas pelo Ministério da Saúde, inclusive perguntando se a população aprova a obrigatoriedade de prescrição médica para vacinar crianças.

“Você concorda que o benefício da vacinação contra a COVID-19 para crianças de 5 a 11 anos deve ser analisado, caso a caso, sendo importante a prescrição da vacina pelos pediatras ou médico que acompanham as crianças?, questiona um dos tópicos a serem respondidos.

STF

O partido Rede Sustentabilidade pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) determine a disponibilização imediata de vacinas para as crianças. O pedido foi feito nesta sexta-feira (24).

“É de se perceber que o Brasil caminhará na contramão do consenso científico mundial se não ministrar de modo efetivo os imunizantes aprovados pela Anvisa – até o momento, a dose especial da vacina da Pfizer – para o público infantil. E essa parece ser, infelizmente, a escolha do Presidente da República e de seus auxiliares mais diretos, inclusive o ministro da Saúde, que deveria ser a primeira autoridade preocupada em zelar pela saúde de toda a população nacional”, diz o texto.

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Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

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