Goiás passa a contar com mais 27 novos defensores públicos

Pela primeira vez em Goiás, candidatos aprovados em concurso são nomeados para o cargo de Defensor Público de 3ª Categoria pela própria Defensoria Pública do Estado. Antes da vigência da Lei Complementar nº 130/2017, as nomeações eram feitas pelo governador. Foram nomeados 27 aprovados para atuar em Goiânia e mais três cidades da Região Metropolitana da capital.

Para a defensora pública-geral, Lúcia Silva Gomes Moreira, esse momento é um marco na história da Defensoria Pública de Goiás. “A publicação da nossa nova Lei Orgânica e a autonomia dela decorrente tem nos trazido a oportunidade de tomar as rédeas do crescimento da Defensoria de Goiás. Nomear mais defensores é fundamental para que possamos garantir a expansão da assistência jurídica integral e gratuita para a população carente e vulnerável no interior”, destacou.

Lúcia Gomes explicou que boa parte das conquistas alcançadas advêm da parceria estabelecida com o Poder Executivo. “O fortalecimento da Defensoria Pública significa, principalmente, que teremos a população carente melhor assistida, com mais acesso aos seus direitos sociais. Isso reflete na qualidade de vida dessas pessoas, que também é o objetivo do Governo do Estado.”

Hoje a Defensoria de Goiás conta com 62 defensores públicos, em atuação nas áreas de Infância e Juventude, Família, Cível, Criminal e Execução Penal, na capital. Com as novas nomeações, serão lotados 12 defensores públicos em Aparecida de Goiânia, quatro defensores públicos em Trindade e dois em Inhumas, conforme a Resolução n. 43 do Conselho Superior da Defensoria.

*Informações Dicom/DPE-GO

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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