Goiás quer alcançar 80% da população com saneamento até 2018

Mais de 76% da população goiana é atendida pelo sistema de esgotamento sanitário em Goiás, seja com rede coletora de esgoto ou com fossa séptica/sumidouros, segundo dados do IBGE. Mas a meta do Governo do Estado é chegar a 80% até 2018. Para isso, o governador Marconi Perillo determinou a ampliação dos sistemas públicos de saneamento e o incentivo à implantação e adequação de fossas sépticas/sumidouros, conforme as normas técnicas em locais não atendidos por rede coletora.

A decisão foi anunciada nesta quarta-feira, dia 8, durante reunião da força-tarefa do Goiás Mais Competitivo e Inovador (GMCI), gerido pela Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan) e pela Secretaria de Desenvolvimento (SED). A reunião, na Sala de Situação do Governo, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia, discutiu o desafio de ampliar o acesso ao esgotamento sanitário pela população goiana, dentro do Programa Sanear Goiás.

O governador Marconi Perillo revelou que, na reunião que terá também na tarde desta quarta-feira, com o ministro das Cidades, Bruno Araújo, em Brasília, vai levar os projetos de ampliação do sistema de saneamento básico de Goiás e solicitar mais apoio do governo federal na área em questão.

O secretário de Gestão e Planejamento, Joaquim Mesquita, destacou que a maioria dos órgãos estaduais já superou as metas estipuladas no GMCI. No caso específico da Secima e Saneago, disse, os índices terão de ser revisados pois a meta já foi ultrapassada. Portanto, o governador Marconi Perillo determinou que elas sejam ajustadas para cima.

Metas

Entre as propostas apresentadas pelo titular da Secima, Vilmar Rocha, para atingir a meta de melhoria do sistema de esgotamento sanitário em Goiás, estão a viabilização de aporte de recursos aos municípios que não possuem projetos para implantação de rede coletora de esgoto; gestão junto à Funasa para aporte de recursos nas obras de rede coletora de esgoto. E ainda, a contratação de consultoria para a elaboração do Plano Estadual de Saneamento Básico, contemplando as áreas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana e integração com o Plano Estadual de Resíduos Sólidos Urbanos, conforme disse o secretário Vilmar Rocha.

Rocha revelou que, em reunião com representantes do Ministério Público de Goiás, ficou estipulada a elaboração de um modelo de lei municipal para definição de regras de liberação do Habite-se, colocando como condição a construção de fossa séptica e sumidouro de acordo com as Normas Brasileiras, pelo proprietário ou empreendedor. Tal modelo será apresentado aos 116 municípios com até 5.000 habitantes, em oficina a ser realizada no próximo mês, bem como orientação de fiscalização por técnicos do Crea-GO e uma orientação técnica da Secima sobre a importância da fossa séptica/sumidouro e forma adequada de construção.

O presidente da Saneago, Jalles Fontoura, reconhece que, embora a Saneago tenha feito muitos avanços na expansão da rede de coleta, tratamento e distribuição de água potável, em todos os municípios, a questão do saneamento básico, especificamente o tratamento de esgotos, ainda é um desafio. “Mas vamos enfrentar esse problema e garantir um saneamento adequado em todo o Estado”, prometeu.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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