Goiás registra aumento de síndrome respiratória em todas idades

covid

O registro de complicações principalmente por covid entre a população goiana aumentou em uma semana. A alta foi uma tendência verificada também em outros 18 estados e no Distrito Federal em um mês e meio, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A chamada Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) contempla gripes que evoluem comprometendo a função respiratória. Na maioria dos casos, a pessoa necessita de internação hospitalar.  

 

O estudo mostra mais brasileiros com a doença, embora os dados tenham se estabilizado nas últimas três semanas. A desaceleração na curva nacional pode ser atribuída à queda recente nos casos de SRAG nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Os especialistas temem um repique de casos ou mesmo uma nova onde no início de janeiro, como reflexo das aglomerações das festas de natal e Ano Novo.

 

“Especialmente para pessoas com maior risco de desenvolver casos graves, o uso de máscaras adequadas no transporte público, locais fechados ou mal ventilados, e nas aglomerações deve ser mantido até que o cenário epidemiológico volte à situação de baixa circulação do Sars-CoV-2”, destaca o pesquisador e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.

 

O principal alerta e risco para o atual cenário de SRAG é a maior circulação do Vírus sincicial respiratório em bebês. O microorganismo costuma ser recorrente nos meses chuvosos, que coincide com o verão brasileiro, entre dezembro e março. Os estados com maior incidência são São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. A transmissão acontece por meio do contato com gotículas de ar e com as secreções de pacientes que estão infectados com o vírus.

 

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 1,7% para influenza A; 0,1% para influenza B; 8,3% para Vírus Sincicial Respiratório (VSR); e 80,2% Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,7% para influenza A; 0,1% para influenza B; 8,3% para VSR; e 80,2% Sars-CoV-2.

 

A vacinação tem sido a estratégia mais eficaz para prevenir SRAG, considerando que as variantes do coronavírus são as que mais causam as complicações respiratórias. Com os imunizantes, a probabilidade de casso graves e internações pela doença diminuem. Até quinta-feira,15, os dados do Painel Covid-19 apontavam que mais de um milhão de goianos aptos a receber a segunda dose de reforço (a partir de 30 anos) ainda não haviam buscado as salas de vacina.

 

“Isso é uma preocupação principalmente entre os menores de nove anos, cuja vacinação foi disponibilizada há menos tempo. Chamamos atenção desses pais que têm crianças, principalmente menores de nove anos, mas também as demais crianças e os adolescentes que ainda não iniciaram ou não completaram esse esquema vacinal, para que procurem um posto de saúde”, esclarece a superintendente de Vigilância e Saúde da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), Flúvia Amorim.  

 

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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