Última atualização 28/10/2022 | 13:26
De acordo com dados do Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás (CBM-GO), o estado já registrou 2.499 ocorrências envolvendo abelhas e marimbondos somente neste ano. Entre elas, estão ataques e pedidos para retirar colmeias. Quando analisamos o cenário específico de Goiânia, a Diretoria de Vigilância em Zoonoses soma 855 registros.
Nesta quinta-feira, 27, por exemplo, um idoso de 77 anos morreu após ser atacado por abelhas, na zona rural de Rialma, no centro de Goiás. O Corpo de Bombeiros foi acionado e socorreu a vítima, que inconsciente devido as picadas.
Ele foi encaminhado ao hospital, mas a vítima não resistiu e morreu na unidade de saúde. A corporação não soube informar se ele tinha algum tipo de alergia, problema de saúde preexistente ou se a morte ocorreu pela quantidade de ferroadas.
A presença de abelhas em Goiás e Goiânia
Welington Tristão é biólogo da Diretoria de Vigilância em Zoonoses, da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. Segundo ele, o Corpo de Bombeiros registra as ocorrências envolvendo abelhas em todo o estado de Goiás. Porém, na Capital, o centro de zoonoses fica mais responsável em intervir nesses casos.
O profissional conta que, entre julho e setembro, a região goiana sofre com secas e queimadas, tanto em locais de preservação quanto nas portas das casas dos cidadãos. Esses fatores possuem relação direta com um maior aparecimento de abelhas nos locais de grande concentração de pessoas.
“Com isso, as abelhas são obrigadas, forçadas a fazer suas migrações. Normalmente, vão para as áreas urbanas, o que se torna um risco. Elas já estão estressadas pela migração, o barulho incomoda, então acabam acontecendo acidentes com a população”, conta o biólogo.
Welington também explica que muitas pessoas são sensíveis a toxinas de abelhas, sobretudo com a espécie de abelha europeia. Em alguns casos, isso pode levar a óbito – como aconteceu nesta semana em Rialma, na região central de Goiás, com um idoso de 77 anos.
O atual período de chuvas tende a amenizar a situação. No entanto, o biólogo da Diretoria de Vigilância em Zoonoses reforça que as pessoas não devem tentar tirar as abelhas por conta própria. “Muitas pessoas colocam fogo em pano para criar uma fumaça, pensando que aquilo ali vai espantar as abelhas, e é ao contrário. Isso é um engano, elas vão se estressar ainda mais e atacarão”, alerta.
O que se deve fazer, nesses casos, é entrar imediatamente em contato com o órgão, de segunda a sexta, das 13h às 21h, por meio dos seguintes números: (62) 3524-3131, 3524-3124 ou 3524-3125. Assim, uma equipe profissional com roupas de proteção e experiência na área retiram de forma segura as abelhas, sem afetar os animais e também as pessoas.