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Goiás registra primeira morte por malária em Anápolis

Última atualização 24/04/2023 | 16:30

Uma mulher morreu em Anápolis por malária nesta segunda-feira, 24. Ela teria sido infectada no estado, o que causa preocupação entre as autoridades de saúde. É o segundo caso conhecido como autóctone registrado em Goiás neste ano. Há ainda confirmação de 32 na modalidade “importados” de outros estados ou países.

 

Kerna Alves dos Santos, de 41 anos, estava internada na Santa Casa de Anápolis quase 20 dias. Ela estava com a doença desde 27 de março, quando viajou para uma chácara em Aparecida de Goiânia. A mulher precisou ser submetida a transfusão de sangue e sessões de hemodiálise. No mês anterior, em fevereiro, uma pessoa havia sido diagnosticada com malária.

 

“A malária é uma doença que, se não for tratada, poderá evoluir rapidamente para a forma grave e complicada, levando a óbito”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), Flúvia Amorim.

 

A confirmação  da doença fez a pasta emitir um alerta para a necessidade de eliminação de focos dos mosquitos transmissores. Eles não são da mesma espécie dos que infectam por dengue, zika e chikungunya. As orientações, no entanto, são basicamente as mesmas: usar repelentes, cobrir o corpo, usar mosquiteiros sobre a cama ou a rede, evitar locais próximos a criadouros naturais de mosquitos, como beira de rio ou áreas alagadas.

 

Integrantes da Coordenação de Zoonoses da pasta estão realizando o controle vetorial para reduzir o risco de transmissão de novos casos no local da provável infecção, em Aparecida de Goiânia. Além disso, o grupo tenta capturar a fêmea infectada e realiza a busca ativa de sintomáticos na região em que os casos foram confirmados.

 

2023: 1 morte e 34 casos confirmados de Malária

 

A malária é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Plasmodium que é transmitido pela picada da fêmea infectada do mosquito Anopheles. Os sintomas da doença são febre, calafrios, dor de cabeça, suor, náusea e vômitos. O quadro clínico pode ser leve, moderado ou grave. No último tipo, o agente se multiplica rapidamente na corrente sanguínea e destrói até 25% do total dos glóbulos vermelhos, o que desencadeia anemia grave. 

 

Apenas o diagnóstico laboratorial confirma ou descarta a doença. O tratamento da malária visa eliminar o mais rapidamente possível o parasita da corrente sanguínea do indivíduo e deve ser iniciado o mais rapidamente possível. O paciente recebe um antimalárico em até 24h após o início da febre para prevenir complicações. Não existe ainda vacina contra a doença no Brasil.

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