Goiás registra segunda maior taxa de ocupação no primeiro semestre de 2023, diz IMB

O Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), jurisdicionado à Secretaria-Geral de Governo (SGG), publicou boletim sobre o Mercado de Trabalho Goiano que aponta vários resultados positivos para Goiás no primeiro semestre de 2023. A taxa de participação dos goianos no mercado de trabalho foi de 67,3%, à frente do índice nacional que foi de 61,6%. Com esse resultado, o Estado atingiu a segunda maior taxa de ocupação pontual na série histórica e, em relação ao ranking nacional, obteve o terceiro maior percentual.

Ainda no primeiro semestre do ano, Goiás teve o melhor resultado da série histórica no quantitativo da população em idade apta ao trabalho que estava ocupada (63%). Em relação ao ranking nacional, Goiás alcançou o quarto maior percentual e o nível de ocupação superou a média do país.

A análise do IMB também verificou que a taxa de desemprego de longo prazo foi de 0,6% para o primeiro semestre de 2023. Esse foi o menor percentual em relação a um primeiro semestre de toda a série histórica. Além disso, Goiás apresentou o segundo menor percentual em relação às demais unidades da federação.

“Goiás se destacou e obteve excelentes resultados no mercado de trabalho no primeiro semestre de 2023, liderando rankings, avançando em diversos indicadores e alcançando posições acima da nacional”, pontua o titular da Secretaria-Geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.

O diretor-executivo do IMB ressalta a importância de divulgar a representação mais qualitativa da evolução dos principais indicadores de Emprego e Renda da população de Goiás. “O Instituto elaborou este boletim com o objetivo de promover para toda a sociedade goiana, incluindo gestores públicos, informações estratégicas sobre o mercado de trabalho, compreendendo não apenas a atual configuração, mas também auxiliando na formulação de políticas públicas mais alinhadas com a realidade observada”, afirma Figueiredo.

Desalentados

Os desalentados são pessoas que gostariam de trabalhar e estariam disponíveis, porém não procuraram trabalho por acharem que não encontrariam. Goiás teve 1,4% de pessoas desalentadas no primeiro semestre de 2023, o menor resultado para o primeiro semestre nos últimos oito anos. O percentual foi bem menor do que o brasileiro, que atingiu 3,4%.

Jovens nem-nem

O termo “nem-nem” se refere à população jovem que não trabalha e não estuda, englobando também aqueles que não estão buscando emprego ou capacitação profissional. Em Goiás, o número de jovens que estavam fora da escola e/ou do mercado de trabalho alcançou o percentual de 17,4% no primeiro semestre de 2023, enquanto o resultado do Brasil foi de 22,3%.

Ocupados formais e informais

Goiás atingiu o maior patamar de estoque de ocupados da história, no primeiro semestre de 2023, com mais de 3,7 milhões de goianos ocupados. A grande responsável pelo bom resultado do estoque de ocupados é a formalidade, uma vez que o número de empregos formais foi o maior de toda a série histórica, correspondendo a mais de 2,3 milhões. Além disso, a taxa de informalidade atingiu seu menor percentual no período, com 37,3% dos ocupados.

Gig Economy

O termo em inglês é utilizado para mencionar trabalhos informais de cunho temporário, tais como o freelance aos finais de semana ou em dias de folga de trabalho. Os dados apontam que cerca de 39 mil das pessoas ocupadas trabalham na modalidade no setor de transportes em Goiás, sendo o subgrupo mais representativo composto por motoristas de aplicativo e taxistas, contando com 24,4 mil pessoas. Com relação ao ranking nacional do percentual de ocupados na Gig Economy, o Estado de Goiás possui o terceiro menor percentual, com 1%, ficando atrás apenas de Santa Catarina e Tocantins.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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