Última atualização 30/10/2022 | 10:28
Coagir alguém a votar em determinado candidato é crime, mas muitas patrões tentaram obrigar funcionários a escolherem nomes específicos nas urnas sob ameaça de demissão. Um levantamento do Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO) registrou uma média de quase uma denúncia de assédio eleitoral por dia nos últimos dois meses. Foram 60 reclamações entre 1º de setembro e 27 de outubro. Somente parte dos registros (25%) se tornou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que é o reconhecimento e correção do erro e correção.
Os números assustam as autoridades e organizações relacionados a assuntos eleitorais. A polarização tem desencadeado agressões, violência e disseminação de fake news. De acordo com o NetLab da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – grupo interdisciplinar de análise de redes aplicada a diferentes tema -, o índice de notícias falsas aumentou 253% entre o primeiro e segundo turnos das eleições deste ano
O MPT-GO tenta solucionar a questão primeiramente com o pedido de afixação de cartazes e publicação em aplicativos de mensagens informando os trabalhadores sobre o direito a sigilo do voto, compromisso com a democracia e retratação. Casos graves se tornam TAC que, se não cumpridas as determinações, se tornam uma ação civil pública. As denúncias de assédio eleitoral podem ser informadas por meio do site da Justiça Eleitoral, do site do Ministério Público do Trabalho e do aplicativo Pardal. As penas são de multa e prisão de até seis anos.
Há pouco mais de duas semanas, o ex-prefeito de Porangatu e também empresário de loja de material para construção de Porangatu. A decisão foi áudios de Whatsapp em que ele orienta empresários a pressionar os colaboradores e afirmou ainda que não faz compras de fornecedores petistas.