Goiás registrou seis mortes por automedicação em 2023

Goiás registrou seis mortes e 973 notificações de intoxicação por automedicação, em 2023. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), Anápolis foi o município com a maior incidência de casos notificados, totalizando 755 registros entre 2021 e 2023. A capital aparece em segundo lugar, com 744. A lista de medicamentos responsáveis pelos casos de intoxicação é composta, principalmente, por antidepressivos e antipsicóticos. 

 

Além de Anápolis e Goiânia, Aparecida de Goiânia (585), Rio Verde (321) e Formosa (311) fecham a lista de cinco municípios com o maior número de notificações. Mesmo altos, os dados apontaram uma queda nas mortes provocadas pela intoxicação por automedicação. 

 

Conforme a pasta, foram 24 óbitos em Goiás em 2021, contra 21 em 2022. Ou seja, uma queda de 12,5%. No entanto, o número de notificações em 2021 (3,1 mil) e 2022 (3 mil) chama a atenção. 

Riscos

 

Especialistas alertam que o ato de tomar um medicamento por conta própria, sem a orientação de um profissional de saúde, expõe a pessoa a uma série de riscos e “priva dela” o tratamento de uma doença mais séria. Em casos mais graves, quando há algum tipo de alergia ao medicamento, o paciente pode ir a óbito. 

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp