Goiás sai do ranking de Estados com gasolina mais cara do País

Goiás, que já teve a segunda gasolina mais cara do Brasil, hoje não está mais entre os três estados onde se cobram os maiores preços nas bombas de combustível. A informação consta na tabela produzida pelo Conselho Nacional de Política Fazendária e que acaba de ser publicada pelo Diário Oficial da União. O preço médio da gasolina comum em Goiás é de R$ 4,24 (e R$ 5,65 na aditivada). O campeão é o Acre (R$ 4,83 na comum), seguido por Minas Gerais (R$ 4,42) e Rio de Janeiro (R$ 4,41).

A queda para quinta posição na tabela (veja abaixo na íntegra) resulta de ações realizadas pelo governador Marconi Perillo (PSDB) em setembro, outubro e novembro, meses em que o consumidor goiano foi vítima da ação abusiva dos donos de postos, acusados pelo Procon de promover aumento injustificado de preços e de formação de cartel. Além de determinar ao Procon que intensificasse a fiscalização e levasse a queda de braço à Justiça, Marconi também determinou a divulgação em tempo real da tabela de valores praticados nas bombas em Goiás no site da Secretaria da Fazenda.

Na época, estudo realizado pelo Procon contratou que a margem de lucro bruta do dono de posto sobre o consumidor era de R$ 0,24 por litro de gasolina vendida. Em novembro, este valor passou a ser de R$ 0,53, o que significou aumento de mais de 120%. A superintendente do órgão, Darlene Araújo, conseguiu decisão judicial que obrigou os postos a retornarem à margem de lucro praticado no sétimo mês deste ano. Constatou-se também que, para forçar o consumidor a consumir gasolina cara, os postos subiram o valor do etanol de maneira inexplicável.

 

Confira íntegra da tabela produzida pelo Conselho Nacional de Politica Fazendária:

Estado (preço da gasolina comum):

Acre: R$ 4,83

Minas Gerais: R$ 4,42

Rio de Janeiro: R$ 4,41

Rio Grande do Sul: R$ 4,30

Mato Grosso: R$ 4,24

Goiás: R$ 4,24

Distrito Federal: R$ 4,21

Tocantins: R$ 4,19

Rondônia: R$ 4,18

Mato Grosso do Sul: R$ 4,13

Pernambuco: R$ 4,10

Rio Grande do Norte: R$ 4,09

Amazonas: R$ 4,08

Roraima: R$ 4,05

Bahia: R$ 4,05

Espírito Santo: R$ 4,05

Paraná: R$ 4,03

Piauí: R$ 4,01

Alagoas: R$ 3,99

Santa Catarina: R$ 3,98

Sergipe: R$ 3,98

Pará: R$ 3,97

Ceará: R$ 3,97

Paraíba: R$ 3,92

Amapá: R$ 3,91

São Paulo: R$ 3,88

Maranhão: R$ 3,70

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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