Goiás sediará Fórum de Governadores do Brasil Central

Goiás sediará Fórum de Governadores do Brasil Central

Goiás vai sediar na próxima sexta-feira (29/09) em Rio Quente, no sul do estado, o Fórum de Governadores do Brasil Central. O evento é promovido pelo Consórcio Brasil Central e reúne sete estados da federação. O governador Ronaldo Caiado receberá os chefes de Executivo para discutir temas fundamentais para o desenvolvimento dessa região estratégica do país, como reforma tributária e segurança pública. Estão confirmadas as presenças de Ibaneis Rocha (Distrito Federal), Carlos Brandão (Maranhão), Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul), Mauro Mendes (Mato Grosso), Marcos Rocha (Rondônia) e Wanderlei Barbosa (Tocantins).

A abertura, às 8h30, será realizada pelo anfitrião do encontro, o governador Ronaldo Caiado, e pelo presidente do bloco, Mauro Mendes. Em seguida todos os gestores participam do painel 1, que tem como tema “Brasil Central: Oportunidades e Desafios”. O diretor executivo do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudo Socioeconômicos (IMB), Erik Alencar, vai debater em um segundo painel os impactos da Reforma Tributária na região do Brasil Central.

Este assunto é criticado pelo governador Ronaldo Caiado desde que começou a tramitar no Congresso Nacional. A falta de transparência e a perda de autonomia dos estados com a criação de um conselho federativo é reprovada por ele, além do risco de aumento de impostos e desigualdades regionais. O alerta é que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 45/2019) resultará em prejuízos. “Não podemos fatiar matéria de tamanha abrangência para atender alguns setores. Temos de ter uma visão de país, de desenvolvimento regional”, explica Caiado. Agrava o fato de que estudos que ancoram os impactos da reforma têm hipóteses simplificadoras. “A total falta de aderência com a realidade não contribui para a discussão”, acrescenta.

O terceiro painel prevê a participação de secretários de segurança pública dos estados que compõem o bloco para assinatura de protocolo de intenções e troca de experiências. Goiás vai apresentar dados que mostram quedas históricas nos índices de criminalidade, bem como destacar os investimentos realizados na área. “Não entendo um Estado Democrático de Direito onde o cidadão não tenha suas garantias preservadas, principalmente de ir e vir com tranquilidade, de ter a propriedade, de poder viver em paz”, defende o governador goiano.

O reforço do aparelhamento das tropas é exemplo de dignidade e igualdade de condições de combatividade aos policiais. Desde 2019, o Governo de Goiás destinou mais de R$ 68 milhões para a aquisição de novas armas e R$ 8 milhões em munição, além de reforço na área de inteligência e integração de todas as forças policiais.

O quarto e último painel tem como tema o “Marco Temporal: Direito de Propriedade”, com a senadora pelo Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina, como palestrante. Ao fim do Fórum, ainda está prevista a assinatura da “Carta de Goiás” por parte de todos os governadores. O documento deve trazer posicionamentos sobre agronegócio, industrialização, educação, empreendedorismo, meio ambiente, saúde, segurança pública e reforma tributária.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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