Goiás Social e OVG promovem cooperativismo social no Natal do Bem

Ao realizar o maior evento natalino de cunho social do Brasil, o Governo do Estado, por meio do Goiás Social e da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), deu início a um projeto de cooperativismo social, em parceria com o Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras em Goiás (Sistema OCB Goiás), com o objetivo de gerar renda para as famílias cooperadas e diminuir o impacto ambiental no Natal do Bem.

A iniciativa selecionou uma cooperativa formada por 18 mulheres de Aparecida de Goiânia que atua com coleta, separação e venda de produtos recicláveis para este trabalho. Desde o início do evento, realizado no Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON), quase 4 toneladas de resíduos já foram coletados.

Escolhida para a ação de cooperativismo social, a Cooperativa de Trabalho de Catadores de Material Reciclável Feminina de Aparecida de Goiânia (Coorfap) tem atuado diariamente no Natal do Bem e contribuído com a destinação correta dos resíduos. Além disso, de acordo com a presidente de honra da OVG e coordenadora do Goiás Sociais, primeira-dama Gracinha Caiado, elas também recebem remuneração pelo trabalho no evento, complementando a renda familiar.

“É muito importante oferecermos às pessoas a oportunidade de evoluírem sempre. Com essa ação, estamos ajudando essas mulheres a terem uma renda maior durante o Natal do Bem e também estamos oferecendo uma nova perspectiva para a cooperativa, para que tenham uma renda mais justa daqui pra frente em todos os eventos que participarem. Elas podem oferecer o serviço de coleta e separação, receberem por isso, e depois venderem esses materiais já selecionados, lá na cooperativa”, destaca Gracinha.

Superação

Ao comentar sobre a marca de quase 4 toneladas de resíduos selecionados e coletados no Natal do Bem, a presidente da Coorfap, Adriana dos Santos, se emocionou. Ela disse que esse número representa uma vitória. “Minha primeira experiência com reciclagem foi no lixão de Aparecida, há muitos anos. Era uma época muito sofrida na minha vida. Depois, migramos para a cooperativa e as coisas começaram a melhorar. Mas, agora, eu posso dizer que foi uma vitória o que conseguimos aqui no Natal do Bem. Estamos tendo um retorno que nunca tínhamos tido, com certeza foi um divisor de águas para nós”.

Responsável pelo sustento familiar, Samara Itália, de 28 anos, é uma das 18 cooperadas sob a liderança de Adriana. Ela diz que toda sua renda vem do trabalho na cooperativa e que, no Natal do Bem, teve uma experiência que a surpreendeu. “Aqui, pela primeira vez, estamos recebendo diária pelo nosso trabalho. Com esse pagamento, mais o que arrecadarmos com a venda dos resíduos, a melhora na nossa renda é significativa. Eu posso dizer que é o Natal do Bem que vai garantir o Natal na minha casa”.

Responsável técnica pela Gestão de Resíduos da OVG, Rosiane Goulart acompanhou de perto a seleção da cooperativa. Segundo ela, o objetivo desde o início era diminuir o impacto ambiental do evento, mas sem perder o viés social que caracteriza as ações do Governo de Goiás. “Quando há um evento com a proporção do Natal do Bem, precisamos ter, além da responsabilidade social, a responsabilidade ambiental. Foi pensando nessas duas vertentes que buscamos uma cooperativa que auxiliasse na segregação dos materiais recicláveis e que, ao mesmo tempo, gerasse renda para essas pessoas que tanto precisam. Com esses quase 4 mil quilos de resíduos que já foram selecionados até agora, podemos dizer que a iniciativa é um grande sucesso”.

Natal do Bem

Promovido pelo Governo de Goiás. por meio do Goiás Social e da OVG, o Natal do Bem leva alegria e esperança a crianças goianas. A grande festa é realizada em duas etapas: uma com a distribuição de mais de 525 mil brinquedos em todos os 246 municípios goianos, e outra o evento natalino no Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia, que vai até o dia 6 de janeiro e já recebeu mais de 880 mil pessoas.

“O Natal do Bem já se tornou referência por direcionar a atenção do poder público ao direito que as crianças têm de brincar e de viver a magia do Natal. É gratificante ver que em Goiás temos o maior programa social do Brasil, que alcança famílias inteiras e que não deixa ninguém para trás”, frisa Gracinha Caiado.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp