Goiás Social: mães de pessoas com deficiência recebem amparo do Banco de Alimentos da OVG

Cerca de 50% das famílias atendidas pelo Banco de Alimentos do Governo de Goiás são formadas exclusivamente por mães e avós cuidadoras de pessoas com deficiência. São mulheres que, por precisarem ficar em casa para cuidar de uma outra pessoa, não têm como buscar uma oportunidade de trabalho. Mas, graças ao trabalho do Goiás Social, conseguem colocar na mesa frutas, verduras e legumes frescos e de qualidade, essenciais para o desenvolvimento.

Ediana Ferreira Monteiro, de 44 anos, é um desses mães. A dona de casa tem uma vida totalmente dedicada ao filho Carlos Eduardo Ferreira Monteiro, de 23 anos. O jovem apresenta um quadro de microcefalia congênita, uma condição em que o tamanho da cabeça e do cérebro são menores que o esperado para a idade e o sexo da pessoa.

Semanalmente, Ediana recebe apoio do Banco de Alimento da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG). São 15 quilos de hortifrutis fresquinhos, que garantem na mesa a comida saborosa e nutritiva. “Não falta mais comida na minha casa, principalmente para o meu filho. Já passei por muito desespero por não poder trabalhar e não ter o que comer. Agora, isso é passado. Aprendi até a preparar a sopa que ele tanto gosta. Ele está mais forte”, conta emocionada.

Também há imigrantes no grupo de famílias com pessoas com deficiência atendidas pelo Banco de Alimentos. Longe do Peru, seu país de origem, Yesica Leonor Mercedes Abanto de Mendocilla, de 47 anos, cuida da filha Alessandra Sarahy Mendocilla Mercedes, de 13 anos. A menina tem paralisia cerebral e, além de receber Mix do Bem, frutas desidratadas e as cestas com hortifrutis, ganha fraldas geriátricas descartáveis da OVG.

“Goiás é um lugar maravilhoso. Aqui cuidam de muita gente sem nenhuma condição financeira. Estou longe do meu país, da minha família, com uma filha especial e recebo todo esse carinho e amparo”, frisa Yesica Leonor.

Olhar atento
A presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e coordenadora do Goiás Social, primeira-dama Gracinha Caiado, enfatiza que o governador Ronaldo Caiado tem um olhar muito atento para a qualidade da assistência social e, em especial, para famílias com pessoas com deficiência.

“Na grande maioria, são mães que não desistem dos seus filhos, avós que não desistem dos seus netos. Estar ao lado dessas pessoas nos ensina muito o que é amor, cuidado e dignidade”, conclui Gracinha Caiado.

Já Marília Araújo, gerente de Nutrição Social e Sustentável do Banco de Alimentos, explica que as frutas, verduras e hortaliças que essas famílias recebem representam 50% ou até mais da ingestão diária feita pelo público formado por pessoas especiais. “Isso é muito importante. Eles estão consumindo nutrientes, vitaminas e minerais que favorecem o desenvolvimento cognitivo e neurológico tão fundamentais para que tenham mais saúde e qualidade de vida. Isso da forma mais natural possível”, frisa.

Números
Em 2023, o Banco de Alimentos doou 1,2 mil toneladas de frutas, verduras e legumes in natura. A iniciativa favoreceu mensalmente 79 entidades sociais e 3 mil famílias. Dessas, a metade formada por pessoas com deficiência. Além disso, a iniciativa do Goiás Social entregou cerca de 441 mil pacotes de Mix do Bem e frutas desidratadas, que beneficiaram uma média mensal de 5 mil famílias e 28 entidades sociais.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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