Goiás tem 749 denúncias de irregularidades em campanhas eleitorais

Pardal aplicativo Eleições Goiás

De acordo com o aplicativo Pardal, uma ferramenta com elaboração da Justiça Eleitoral que começou a funcionar em 16 de agosto, Goiás tem 749 denúncias de irregularidades em campanhas eleitorais neste ano. No estado, as estatísticas se concentram principalmente nas cidades de Goiânia, Anápolis, Águas Lindas de Goiás, Caldas Novas e Luziânia.

Denúncias de campanhas em Goiás

No aplicativo Pardal, eleitores podem denunciar irregularidades em casos de uso indevido dos meios de comunicação social, abuso de poder econômico, entre outros crimes eleitorais. Porém, não há como fazer denúncia anônima, pois é obrigatório informar nome e CBF, além de provas da queixa. Em caso de má-fé, o usuário pode ser responsabilizado.

No Brasil, já são mais de 24 mil denúncias neste ano. Em Goiás, são 749. As denúncias em solo goiano atingem 82 dos 246 municípios, um equivalente a 33,3% do total. Goiânia lidera esse número, com 233 denúncias. Anápolis aparece em segundo lugar, com 52. Águas Lindas de Goiás possui 49 queixas, Caldas Novas, 34, e Luziânia, 28.

Valparaíso de Goiás, Aparecida de Goiânia e Planaltina são as outras cidades com pelo menos 20 denúncias.

Quanto aos outros estados do Brasil, São Paulo é o líder de queixas, com 3.864. Goiás aparece em 14º lugar, atrás também de Pernambuco (3.005), Minas Gerais (2.868), Rio Grande do Sul (2.201), Rio de Janeiro (1.815), Bahia (1.621), Paraná (1.455), Distrito Federal (1.410), Maranhão (1.050), Ceará (982), Espírito Santo (815), Santa Catarina (782) e Pará (755). Tocantins é o que tem menos, com 47.

Entre os cargos em disputa nas Eleições 2022, a maior parte dos relatos do Pardal envolve apontamentos de irregularidades em campanhas para os cargos de deputado federal e estadual. Vale ressaltar que o levantamento do DE levou em conta os dados da manhã desta quarta-feira, 28, por volta de 12h. Portanto, as informações de Goiás e do Brasil como um todo podem ter sofrido alterações.

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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