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Goiás tem alta nos casos suspeitos de varíola dos macacos

Última atualização 08/07/2022 | 10:21

Após uma semana do primeiro caso suspeito de varíola dos macacos em Goiás, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) investiga outros cinco possíveis contaminados. Até o momento, de acordo com a pasta, dois casos foram descartados. Com eles, o estado contabiliza oito notificações da doença.

Os seis pacientes, possivelmente infectados, aguardam os resultados dos exames laboratoriais para confirmação. De acordo o informe da SES desta sexta-feira, 8, dos investigados, três são de Goiânia, dois de Aparecida e um de Mineiros.

Além disso, nove pessoas próximas aos pacientes em investigação, estão sendo rastreadas e monitoradas pela Vigilância Epidemiológica Municipal. Até o início da manhã desta sexta-feira, 8, o estado não tinha casos confirmados da doença.

Informe Monkeypox SES – GO. (Foto: Print / Painel)

Transmissão 

Entre humanos, a transmissão da varíola dos macacos ocorre por contato com fluidos corporais, lesões na pele ou em mucosas, como boca ou garganta, gotículas respiratórias durante contato pessoal prolongado e por meio de objetos contaminados.

Análise dos casos

De acordo com a SES, os critérios para definição de caso suspeito da varíola dos macacos  (Monkeypox) são que o indivíduo, de qualquer idade, apresenta início súbito de erupção cutânea aguda, única ou múltipla, em qualquer parte do corpo (incluindo região genital), associada ou não a adenomegalia ou relato de febre.

Também são avaliados os seguintes critérios:

● Histórico de viagem a país endêmico ou com casos confirmados nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas;

● Ter vínculo com casos confirmados da doença, desde 15 de março de 2022, nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas;

● Histórico de contato íntimo com desconhecido/a (s) e/ou parceiro/a(s) casual(is), nos últimos 21 dias que antecederam o início dos sinais e sintomas.

A varíola dos macacos é geralmente uma doença autolimitada com sintomas que duram de duas a quatro semanas, denotada pelo surgimento de lesões na pele. O período de transmissão da doença se encerra quando as crostas das lesões desaparecem. O período de incubação é de seis a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.

Por ser transmissível, a doença exige cuidados para a identificação dos pacientes, o isolamento, a notificação dos casos, a realização de testes laboratoriais e o monitoramento dos contatos. O tratamento é baseado em medidas de suporte com o objetivo de aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações e evitar sequelas.

Casos Graves

Os casos graves ocorrem mais comumente entre crianças e estão relacionados à extensão da exposição ao vírus, estado de saúde do paciente e natureza das complicações. As deficiências imunológicas subjacentes podem levar a resultados piores.

As complicações podem incluir infecções secundárias, broncopneumonia, sepse, encefalite e infecção da córnea com consequente perda de visão. Historicamente, a taxa de letalidade variou entre 0 e 11% na população em geral e tem sido maior entre crianças. Nos últimos tempos, a taxa de mortalidade foi de cerca de 3%.

Exame

Diante disso, é feita a coleta de amostras do paciente. As mesmas são encaminhadas para o Laboratório Estadual Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO). Algumas amostras para diagnóstico diferencial são analisadas no próprio Lacen e outras, encaminhadas pelo Lacen ao laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O Diário do Estado questionou a SES sobre o período para a confirmação do diagnóstico e o estado de saúde dos pacientes, mas não obteve resposta.