Goiás tem morte e afogamentos registrados em apenas três dias de Carnaval 2023

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O início das festas carnavalescas já causou diversos acidentes e óbito em Goiás somente nos três primeiros dias. Os bombeiros registraram a maior parte das ocorrências em regiões com água, de acordo com balanço parcial da corporação.

 

Um rapaz de 18 anos morreu afogado no Lago Corumbá IV, em Abadiânia. Houve ainda  duas ocorrências de retirada de corpo em meio líquido em óbito, sendo uma delas em Anápolis, onde foi retirado o corpo de um homem de 41 anos de idade em um córrego, e outra em Cavalcante, onde o corpo de um homem de 54 anos foi retirado do Rio Paranã, em uma fazenda nas margens do rio, na região do Vão do Moleque.

 

Também foram registrados três casos de afogamento com resgate, mas sem mortes em Goiás. Uma criança de seis anos de idade, do sexo feminino, foi resgatada consciente em uma piscina em Aruanã, e levada a um hospital por uma Unidade de Resgate do Corpo de Bombeiros. Em Uruaçu, uma mulher de cerca de 56 anos recusou transporte até o hospital após quase se afogar no Lago Serra da Mesa. Já em Três Ranchos, um jovem de 18 anos recusou transporte após quase se afogar no Lago Azul.

 

Esses casos são um lembrete da importância de tomar medidas preventivas e seguir as orientações dos bombeiros militares, principalmente no carnaval. As orientações são não nadar sozinho, evitar ingerir bebida alcoólica ao entrar na água, ficar perto da margem, não saltar de locais elevados e não fazer brincadeiras de mau gosto. 

 

No caso de afogamento, a recomendação é não entrar na água para tentar salvar a vítima por conta própria. O ideal é lançar um galho, uma boia, uma corda ou outro objeto para que a pessoa flutue e, após conseguir a retirada da pessoa, aquecê-la sentada, se estiver consciente, ou deitada se estiver inconsciente até a chegada dos bombeiros.

 

Preparo

 

As forças de segurança de Goiás iniciaram a Operação Carnaval 2023 na última sexta-feira, 17. O Corpo de Bombeiros Militar emprega efetivo extra de 214 militares, mais 71 viaturas, 23 embarcações e 29 mergulhadores durante o feriado prolongado. Além das 50 unidades operacionais espalhadas pelo estado, o CBMGO tem reforço no efetivo em 24 pontos de apoio montados em locais considerados de grande fluxo de foliões como Goianésia, Caldas Novas, São Simão, Aruanã e Três Ranchos.

 

Postos de apoio e monitoramento estão montados à beira de lagos, represas e rios, onde se observa uma grande concentração de turistas. Os militares têm à disposição embarcações como canoas e moto náuticas, além dos equipamentos de segurança obrigatórios como coletes salva-vidas e boias para reduzir o tempo-resposta no atendimento às ocorrências e dar rápido suporte de vida para os foliões que necessitarem de socorro especializado.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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