Goiás tem o menor número de mortes violentas intencionais em 10 anos

Goiás tem o menor número de mortes violentas intencionais em 10 anos

No ano de 2022, o estado de Goiás registrou 1.780 mortes violentas intencionais. Este é o menor número desde 2012. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública na semana passada.

Os maiores números foram observados nos anos de 2015 e 2016, quando chegaram a 3.054 e 3.014, respectivamente. Desde 2018, essa quantidade começou a cair gradativamente até reduzir para 1.863, em 2021.

Apesar da queda nos últimos anos, Goiás ainda registrou um número maior do que já teve em 2011, quando foi registrado pouco mais de mil registros.

No total, o estado goiano registrou 27.765 mortes violentas intencionais ao longo dos anos de 2012 a 2022. Com as 1.780 casos, Goiás fica em 11º posição entre os estados brasileiros.

Queda no número de mortes violentas intencionais é tendência no Brasil

Os três estados com maiores número de mortes violentas intencionais registradas são Bahia, com 6.659, Rio de Janeiro, com 4.458, e São Paulo, com 3.735. Os três estados juntos representam 31,26% do total registrado em todo País, em 2022.

Somando a quantidade de mortes violentas intencionais em todos os estados brasileiros, o País registrou um total de 47.508 ao longo do ano passado. Mesmo sendo um número alto, visto que a proporção é de 23,4 por 100 mil habitantes, o Brasil apresentou em 2020 uma queda de 2,4% em relação ao ano anterior.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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