Goiás tem queda de 24,1% no número de adolescentes em unidades de medida socioeducativa de meio fechado

Goiás tem queda de 24,1% no número de adolescentes em unidades de medida socioeducativa de meio fechado

Goiás é o sexto estado brasileiro com a maior queda no número de adolescentes em unidades de medida socioeducativa de meio fechado entre os anos de 2018 e 2022, segundo os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública no final de julho com levantamento de informações até final do ano passado.

A queda no número de adolescentes em medida socioeducativa de meio fechado foi de 24,1%. Dessa forma, no ano de 2018, Goiás tinha 463 menores de idadenessa condição e foi reduzindo gradativamente nos anos seguintes, passando para 433, em 2019, e para menos de 200 de 2020 em diante. No ano passado, esse número absoluto foi de 145 jovens.

Considerando o número de adolescentes do sexo feminino e masculino, os meninos apresentaram uma redução maior do que as meninas entre o período levantado pelo Anuário. A redução da quantidade de adolescentes do sexo masculino foi de 69,37%, contra a redução de 59,37 das adolescentes do sexo feminino. Em números absolutos, a quantidade de indivíduos do sexo masculinos em medida socioeducativa saiu de 431, em 2018, para 132, em 2022, e o número de indivíduos do sexo feminino caiu de 32 para 13, de 2018 para 2022.

Com a redução de 24,1%, Goiás só fica abaixo dos estado de Tocantins, com queda de 80,3%, Amapá, com menos 74,5%, Amazonas, com menos 52,8%, Roraima, -32,4%, e Rio Grande do Norte, com menos 24,4% do número de adolescentes em unidades de medida socioeducativa de meio fechado.

Esses estados, juntamente com o estado de Goiás, acompanham a redução desse número em âmbito nacional. No Brasil, a queda foi de 6,3%, entre 2018 e 2022, saindo de mais de 24,5 mil para poucos mais de 12,1 mil, em números absolutos.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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