“Goiás terá o maior número de vagas para amazonenses”, diz Caiado

Durante a posse do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, nesta sexta-feira, 15, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, deu declarações sobre o recebimento de pacientes de Manaus nos leitos hospitalares de Goiás, depois da falta de oxigênio para tratar as pessoas contaminadas com a Covid-19 na capital nortista.

“Goiás vai ser o Estado que vai dar o exemplo para o Brasil com o maior número de vagas compartilhadas aos nossos irmãos amazonenses que passam pela atual crise na área da saúde”, observou o governador. Segundo ele, ao todo, o estado pode receber até 120 pacientes vindos de Manaus, embora estejam previstos apenas 20 para esta sexta.

A Secretaria de Saúde de Goiás organiza para que estes pacientes sejam internados no Hospital das Clínicas, da Universidade Federal de Goiás, que ganhou um novo prédio, inaugurado em dezembro de 2020, onde os enfermos podem ser recebidos, sem sobrecarregar a rede de saúde goiana.

Goiás tem 253 leitos de UTI para pacientes com Covid e 447 leitos de enfermaria. Além disso, são sete hospitais de campanha espalhados na capital e pelo interior: Porangatu, Goiânia, Jataí, Luziânia, Formosa, Itumbiara e São Luís de Montes Belos.

Imagem: Cristiano Borges e Wesley Costa

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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