Goiás terá o novembro mais frio em mais de duas décadas; Capital deve registrar 10ºC

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Para os amantes do clima frio, o mês de novembro é para vocês. Isso porque o penúltimo mês do ano vai começar com um frio intenso atípico em Goiás, segundo previsão do Instituto Nacional de Meteorologia. A queda brusca das temperaturas ocorrerá devido à passagem de uma frente fria, que será acompanhada uma forte massa de ar de origem polar, uma das ‘consequências’ do fenômeno ‘La Ninã’. Com isso, Goiás terá o novembro mais frio em 25 anos. 

Frio em Goiás

Segundo o gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), André Amorim, o frio deve começar a atingir o estado na próxima terça-feira, 1º. A região do Sul goiano deve ser a mais afetada com as baixas temperaturas.

“Vamos chamar de marola, pois a onda mesmo foi em maio, onde Goiânia chegou a 5ºC de temperatura mínima. Para este episódio, caso chegue com a intensidade que se apresenta hoje, teremos uma redução nas temperaturas. Por exemplo, em Goiânia, hoje estamos com 19ºC, no dia 02/11 chegaremos a 12ºC/14ºC, já na região sudoeste pode chegar a 10ºC/12ºC”, explicou.

André também explicou que o estado este ano vivenciou diversas frentes frias proporcionadas pelo La Niña. Inclusive, o fenômeno promete propiciar o novembro mais frio há mais de duas décadas.

A massa de ar frio deve atuar no Brasil até o primeiro fim de semana de novembro, com possibilidade de temperaturas negativas e geadas até quinta-feira, 3, principalmente, nas áreas mais altas da Região Sul.

Frente fria irá começar na terça-feira, 1º. (Foto: Divulgação/Cimehgo)

‘La Niña’

O ‘La Niña’ é um fenômeno natural que ocorre a cada dois ou sete anos e tem duração de nove a 12 meses. Neste ano, no entanto, ele acontece pela terceira vez consecutiva.

O fenômeno é caracterizado pelo resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico, e provoca aumento no volume de chuvas nas regiões norte e nordeste, já os estados do Sul registram calor intenso e seca severa.

Os efeitos do ‘La Niña’ variam no Centro-Oeste e no Sudeste, sendo que o mais recente provocou chuvas intensas e queda das temperaturas nessas regiões.

Temperaturas podem fazer com que goianiense tire o casaco do guarda-roupas. (Foto: Divulgação/Cimehgo)

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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