Goiás vai receber 140 mil doses de vacina da Índia, diz Caiado
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, afirmou nesta sexta-feira, 22, que o estado receberá 140 mil doses da vacina de Oxford/AstraZeneca vindas da Índia. Elas devem chegar ao Brasil ainda hoje, de acordo com Caiado, e passar por análise da Anvisa antes de serem distribuídas aos estados.
Ao todo, chegarão 2 milhões de doses para o país da vacina inglesa que apresentou 70% de eficácia já na primeira aplicação, segundo a pesquisadora Sua Ann Costa Clemens, coordenadora dos ensaios clínicos do imunizante no Brasil. Na segunda dose, a taxa vai a 80%.
Na semana que vem as vacinas já devem estar com os municípios goianos. Caiado falou sobre a vacinação durante a inauguração do Ipasgo Clínicas, no Setor Campinas, em Goiânia, a primeira das unidades que é dedicada à saúde mental, no estado de Goiás.
A ordem de vacinação segue com prioridade aos agentes de saúde e idosos. Julio Croda, pesquisador da Fiocruz, disse em entrevista à CNN Brasil que esta remessa indiana deve dar conta de todos os profissionais de saúde na linha de frente do país.
Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”
Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento.
“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.
Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.
Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.
O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.
Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.