GoiásFomento liberou R$ 266,58 milhões em financiamentos nos últimos cinco anos

GoiásFomento liberou R$ 266,58 milhões em financiamentos nos últimos cinco anos

O Governo de Goiás, por meio da GoiásFomento, liberou o montante de R$ 266,58 milhões em financiamentos nos últimos cinco anos, beneficiando 8.180 micro e pequenos empreendedores goianos. Em 2023, a Agência de Fomento firmou 1.035 contratos de empréstimo, totalizando R$ 40,79 milhões, gerando e/ou mantendo 1.804 empregos diretos. No ano passado, as operações voltadas ao microcrédito, com valor de até R$ 21 mil por contrato, no âmbito do Programa Mais Crédito, somaram R$ 6 milhões em valores contratados.

O presidente da GoiásFomento, Eurípedes José do Carmo, ressalta que a instituição financeira tem cumprido seu papel, que é apoiar e fomentar o desenvolvimento econômico e social de Goiás, por meio da oferta de crédito a micro e pequenos empreendedores. Ele lembra que, no caso do Programa Mais Crédito, os empreendedores goianos contam com taxas de juros subsidiadas, sob a forma de equalização e/ou aval nas operações, através do Fundo de Equalização para o Empreendedor (Fundeq). Em algumas situações, os subsídios chegam a 100% do valor dos juros e, em algumas hipóteses, o tomador do financiamento se beneficia simultaneamente dos dois subsídios.

A Agência de Fomento também tem ampliado a atuação municipalista, ao formalizar convênios com Prefeituras Municipais visando fomentar o empreendedorismo nas localidades goianas, através da oferta de crédito e da captação de recursos para serem aportados no Fundeq. “Essa atuação municipalista, em parceria com as Prefeituras, beneficia os empreendedores locais, gerando emprego e renda nas regiões”, pondera Eurípedes do Carmo.

Outra ação desenvolvida em 2023 foi a “GoiásFomento nos Bairros”, que levou uma equipe de técnicos da instituição financeira, voltada para os atendimentos itinerantes, junto com a oferta de crédito. Essas profissionais divulgaram as linhas de crédito disponíveis e orientaram os microempreendedores sobre como proceder na hora de pleitear um empréstimo. O trabalho, realizado nos bairros de Goiânia, propiciou a aproximação da Agência com clientes potenciais. Também durante o ano passado, técnicos da Agência de Fomento percorreram praticamente todo o Estado realizando visitas a empreendedores. Eles participaram de eventos (feiras, exposições e seminários) em diversos municípios, onde apresentaram as linhas de crédito disponíveis para o setor produtivo goiano.

Segmento agropecuário

O segmento agropecuário conta com a linha “Produtor Empreendedor”, voltada especificamente para o produtor rural. Em 2023, foram concedidos R$ 6,7 milhões em financiamentos para este segmento produtivo, com contratos no valor médio de R$ 66,8 mil. Esta linha de crédito conta com juros subsidiados, sob a forma de equalização e com recursos do Fundeq. Em 2023, foram contratados 101 financiamentos do “Produtor Empreendedor”, sendo que nessas operações a garantia do Fundo somou R$ 1,4 milhão.

Com base nos financiamentos liberados no ano passado, a GoiásFomento estima que foram gerados e mantidos 1.804 empregos diretos no estado em 2023, contemplando empreendedores dos municípios em todas as regiões de Goiás.

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Agrodefesa apreende 10 mil embalagens de agrotóxicos armazenadas de forma irregular

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), em parceria com a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR), deflagrou, na última terça-feira, 17, em Trindade e Paraúna (GO), a Operação Terra Limpa.

A ação resultou na apreensão de mais de 10 mil embalagens vazias de agrotóxicos que estavam armazenadas de forma irregular, em desacordo com legislações ambiental e de defesa agropecuária vigentes.

As embalagens foram encontradas em diferentes estados de processamento — algumas prensadas, outras trituradas —, e estavam em condições inadequadas de armazenamento. Também foi descoberto um caminhão carregado com embalagens vazias.

Os profissionais envolvidos na operação identificaram que os materiais eram triturados para reciclagem, porém a destinação final das embalagens não cumpria as normas legais de devolução de embalagens vazias de agrotóxicos.

Os materiais apreendidos – que totalizaram seis caminhões com produtos – foram enviados para a Associação Goiana de Empresários Revendedores de Produtos Agropecuários (Agerpa), localizada em Goiânia, e para a Associação dos Distribuidores de Produtos Agrícolas de Rio Verde (Adirv) para pesagem e destinação final.

Essas associações são unidades que representam os estabelecimentos comerciais de insumos agrícolas, autorizadas a recepcionar e dar a correta destinação final das embalagens vazias – que passam por tríplice lavagem pelos produtores -, ou ainda daquelas que podem conter resíduos de agrotóxicos.

Segundo a gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, os fiscais estaduais agropecuários e os agentes da Polícia Civil apuraram ainda que a intenção do proprietário do estabelecimento era desviar as embalagens para recicladoras clandestinas.

“É importante destacar que o processo legal de reciclagem de embalagens vazias de agrotóxicos é de competência do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV). A instituição é responsável pela gestão da política reversa das embalagens vazias de agrotóxicos e nós, da Agrodefesa, estamos inseridos nesse processo como responsáveis por orientar os produtores e fiscalizar o cumprimento da obrigatoriedade legal do correto armazenamento e devolução das embalagens vazias”, informa.

Penalidade

Além da apreensão do material, o responsável pelo estabelecimento foi detido pela Polícia Civil e autuado pelos fiscais da Agrodefesa. De acordo a com legislação federal e estadual de agrotóxicos, a previsão é que esse tipo de infração tenha penalidades administrativa e criminal, com multas que podem chegar a R$ 50 mil, além de pena de reclusão, de dois a quatro anos.

O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, reforça que esse tipo de prática de descarte e armazenamento irregular de embalagens de agrotóxicos vazias, além de ser crime, coloca em risco o meio ambiente, a saúde pública e a economia no Estado.

“Pode trazer sérios danos para a população e afetar toda uma cadeia produtiva. Por isso, casos como esses devem ser denunciados aos órgãos competentes para que as medidas de prevenção e repressão sejam tomadas o mais rápido possível”.

Denúncia

A operação foi realizada a partir do trabalho inicial de apuração feito em Paraúna (GO) por fiscais estaduais agropecuários da Unidade Regional Rio Verdão da Agrodefesa. No município, os profissionais identificaram desvios, processamento e envio de embalagens de agrotóxicos para Trindade.

O coordenador da UR Rio Verdão, Giovani Miranda, destaca que a partir disso foi possível a identificação dos receptadores e a localização do galpão em que o processamento clandestino das embalagens acontecia.

“Essas medidas possibilitaram à Delegacia de Crimes Rurais a apreensão de outras quatro cargas nesse mesmo depósito”, informa.

Participaram da ação fiscais estaduais agropecuários das Unidades Rio dos Bois e Rio Verdão, e da Gerência de Fiscalização Agropecuária, sob coordenação da Gerência de Sanidade Vegetal, além de agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR).

Destinação correta de embalagens de agrotóxicos

Em Goiás, são 13 associações credenciadas pelo inpEV, que juntas são responsáveis pela gestão em 27 Unidades de Recolhimento de Embalagens Vazias (UREV), devidamente cadastradas na Agrodefesa, sendo 17 Postos e 10 Centrais, localizadas nos seguintes municípios:

Acreúna, Anápolis, Bom Jesus, Catalão, Ceres, Cristalina, Formosa, Goianésia, Goiânia, Iporá, Itaberaí, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Mineiros, Morrinhos, Paraúna, Piracanjuba, Porangatu, Quirinópolis, Rio Verde, Santa Helena de Goiás, Vianópolis e Vicentinópolis.

Os empresários que utilizam agrotóxicos, ao concluírem a aplicação, devem realizar a tríplice lavagem, armazenamento adequado e a devolução das embalagens vazias, suas tampas e eventuais resíduos pós-consumo dos produtos aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, de acordo com as instruções previstas nas respectivas bulas, no prazo de até um ano, contado da data de compra, ou da data de vencimento.

A devolução pode ainda ser intermediada por postos ou centrais de recebimento, bem como por ações de recebimento itinerantes, desde que autorizados e fiscalizados pelo órgão competente, nesse caso em Goiás, pela Agrodefesa, com a gestão sob responsabilidade do inpEV junto às suas associações de revendas credenciadas.

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