Goinfra terá de justificar instalação de radares com comprovação de estudo técnico

Goinfra terá de justificar instalação de radares com comprovação de estudo técnico

Em até um mês, a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) terá de comprovar a necessidade de instalação de radares de velocidade nas rodovias do estado. O pedido do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) considera um processo aberto que questiona um pregão eletrônico para escolha de empresa para montagem e manutenção dos aparelhos.

A modalidade de licitação exige estudos técnicos de pontos sensíveis para justificar “indicadores de causas e efeitos dos acidentes, a exemplo do Índice de Severidade adotado pelo DNIT [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes] e atendimento às disposições da lei nacional de licitações e ao princípio da eficiência”. Por isso, o leilão de preços realizado há dois anos pelo valor superior a R$ 69,5 milhões estaria em desacordo com a legislação.

O TCE-GO também arbitrou prazo de até 180 dias para que a Goinfra avalie os atuais radares de velocidade. O objetivo é constatar se realmente estão funcionando para avaliar a possibilidade de retirada, remanejamento ou manutenção dos equipamentos para regiões com mais necessidade.

Questionada pela reportagem do Diário do Estado, a assessoria de imprensa da Agência informou que acatará a decisão do tribunal. “ A instalação desse tipo de equipamento é precedida de estudo técnico de viabilidade, que ocorre, em grande parte dos casos, em atendimento às solicitações de sinalização da própria população”, pontuaram.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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