Após passar por um período de tensão devido aos bombardeios no Irã, o goleiro brasileiro Luan Polli revelou sentir um “medo bem grande” ao pensar em retornar ao país. Essa insegurança também tem sido compartilhada por outros atletas estrangeiros que atuam nos clubes iranianos, levando-os a buscar rescisão contratual.
O cenário de conflitos entre Estados Unidos, Irã e Israel gerou incertezas e preocupações para os jogadores de futebol que estavam atuando no Irã. A busca por segurança para suas famílias tem sido um dos principais motivos para a rescisão de contratos e a decisão de não retornar ao país. Luan Polli, em entrevista exclusiva ao ge, destacou a preocupação com a segurança de sua família como principal motivo para não voltar.
Defendendo o Nassaji no Irã há duas temporadas, Luan Polli destacou que a vida no país era tranquila até os recentes acontecimentos. Mesmo se sentindo mais seguro no Irã do que no Brasil, os ataques recentes mudaram completamente a perspectiva do goleiro. A situação vivida durante as férias, com a proximidade dos ataques, trouxe um grande susto para Luan e sua família.
Apesar do cessar-fogo entre os países envolvidos, a tensão continua presente e poucos atletas se sentem confiantes de que os conflitos acabaram. Mesmo com a retomada do campeonato no Irã, muitos jogadores estrangeiros optam por não retornar, preocupados com a segurança de suas famílias. A solidariedade e união entre os brasileiros que atuavam no Irã mostram o quanto a situação tem sido delicada.
Atualmente de férias em Florianópolis, Luan Polli segue treinando e buscando a rescisão contratual com o clube iraniano. Com propostas para atuar em outros países, o goleiro descarta um retorno ao Brasil, devido ao desgaste que enfrentou anteriormente. Sua carreira no futebol brasileiro, que passou por clubes como Figueirense, Flamengo e Coritiba, agora pode ter um novo capítulo no futebol asiático ou no Oriente Médio.