Goleiro Bruno é contratado por time da várzea em São Paulo

Condenado a 22 anos e três meses pelo homicídio e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, Bruno foi anunciado como novo reforço do Orion FC

O time de futebol da Várzea Grande Orion F.C, anunciou por meio das redes sociais, nesta terça-feira,21, a contratação do goleiro Bruno. O jogador foi condenado por planejar e participar do sequestro e morte da modelo Eliza Samudio, mãe de seu filho Bruno Samudio, em 2010, quando era um dos destaques do Flamengo.

A postagem rendeu inúmeros comentários indignados nas redes sociais: “Absurdo total no mês das mulheres, um mês em que deveriam estar exaltando todas nós, mulheres”, protestou uma seguidora. “Enquanto nós fazemos campanhas contra violência doméstica em campo, vocês fazem essa contratação? Parece piada”, escreveu outra usuária.

Alguns apoiadores também se manifestaram na publicação do time, “O pessoal da lacração tem que se decidir: apoia a ressocialização ou não? Porque ele já cumpriu a pena. Pela lei, ele não deve mais nada. Vai prestar contas a Deus até lá? Tem que trabalhar né?”, comentou um seguidor.

O goleiro, de 38 anos, ganhou liberdade condicional da Justiça do Rio em janeiro, desde janeiro de 2023. Em regime semiaberto desde 2019, Bruno cumpriu ao todo 8 anos e 10 meses de prisão pelo crime cometido em 2010.

Depois de sair da prisão, Bruno teve passagens por alguns times, como Boa Esporte e Poços de Caldas, de Minas Gerais, Rio Branco do Acre, o Araguacema do Tocantins e times do Rio do Janeiro, como Atlético Carioca e Búzios.

Apesar da contratação Bruno está barrado de participar de torneios da Várzea, Segundo o comunicado da Super Copa Pioneer, a presença do goleiro seria ‘extremamente danosa aos princípios e valores’ do campeonato.

Em nota, a organização do torneio afirmou que vetará a participação do jogador. Até o momento, a equipe Orion FC, não se manifestou sobre a decisão dos organizadores.

Veja nota na íntegra:

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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