Goleiro salva no fim, Vila empata com Aparecidense e vai à final após 12 anos

O Vila Nova está na final do Goianão 2017 após 12 anos. Na noite da última segunda-feira, 24, o Tigre empatou com a Aparecidense em 2 a 2 no Anníbal Batista de Toledo e garantiu-se na decisão diante do arquirrival Goiás.

Como havia vencido a primeira partida por 2 a 1, o empate foi suficiente para o Vila avançar. O grande destaque colorado foi o goleiro Elisson, que, além de ótimas defesas ao longo da partida, defendeu um pênalti aos 40 minutos da etapa final e livrou a equipe da capital de ter que definir a classificação nos pênaltis.

O jogo

A partida foi uma das melhores do Estadual. A Aparecidense provou seu DNA ofensivo e atacou o Vila desde o início. Por sua vez, o Tigre, mesmo em vantagem, não abdicou do ataque. Prova disso foi que o treinador Mazola Júnior repetiu a escalação com três atacantes, que funcionou no Serra Dourada.

Em um jogo lá e cá, quem marcou primeiro foi o Camaleão. Em cobrança de falta de Washington, a bola desviou em Robert e enganou Elisson. O troco colorado não demorou. Aos 36 minutos, Moisés lutou pela bola e conseguiu tocar para Geovane. O volante chegou batendo de trás e colocou no canto direito de Pedro Henrique.

No fim da primeira etapa, a Aparecidense voltou a comandar o marcador. Wesley Matos  quase marcou contra após cruzamento da direita, a bola atingiu o travessão e sobrou para Hélder recolocar os donos da casa na frente.

Com a decisão indo para os pênaltis, o Vila resolveu se arriscar ainda mais. O Camaleão, então, armava o bote para definir o confronto no contragolpe. E quase conseguiu. Aos 12 minutos, Mirita cabeceou dentro da área e só não marcou porque Magno Silva estava em cima da linha para tirar.

O castigo veio quatro minutos depois. Aos 16, Mateus Anderson tirou o defensor e cruzou para a área. Moisés apareceu em velocidade e completou para as redes para deixar tudo igual em Aparecida de Goiânia. A Aparecidense martelou até conseguir um pênalti no fim do jogo. Na cobrança, Murilo bateu no canto direito de Elisson, que voou para defender e classificar o Tigre à sua primeira final desde 2005.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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